Questões de Câncer (Biologia)

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Alcaloides como a vimblastina e a vincristina apresentam atividade contra diversos tipos de câncer e são extraídos da planta Catharanthus roseus, popularmente conhecida como vinca. Essas substâncias exercem seus efeitos sobre as células cancerígenas, ligando-se às proteínas dos microtúbulos e impedindo sua associação com outras moléculas iguais.


A interação dos alcaloides da vinca com as proteínas dos microtúbulos leva à morte das células pela interrupção do seguinte processo metabólico:

  • A transporte através da membrana
  • B polimerização do citoesqueleto
  • C síntese de proteínas
  • D replicação do DNA

Um estudo realizado pela pesquisadora Thaís Bremm Pluth e colaboradores teve como objetivo levantar dados sobre a relação entre a exposição aos agrotóxicos e o câncer, com foco em agricultores, população rural, aplicadores de agrotóxicos e trabalhadores rurais. Os resultados foram publicados no jornal científico Saúde em Debate com o título “Exposição a agrotóxicos e câncer: uma revisão integrativa da literatura” (v. 43, n. 122, p. 906-924, 2019. DOI: 10.1590/0103-1104201912220).
Sobre essa temática, verifica-se que:

  • A os estudos contraditórios sobre o aumento do risco de câncer por exposição a pesticidas confirmam que esses compostos químicos estão desassociados com o processo de carcinogênese em humanos, inclusive em trabalhadores rurais com exposição crônica.
  • B a exposição à contaminação química rural é inócua, no contexto de saúde pública ambiental, para o desencadeamento da tumorigênese, independendo de características individuais como perfil étnico-racial, idade, sexo e histórico familiar.
  • C as investigações atuais são frustrantes quanto à associação entre os pesticidas e o risco de câncer, corroborando a segurança em longo prazo do uso de herbicidas, inseticidas e fungicidas, principalmente dos organofosfatados.
  • D para os estudos em que os inseticidas não foram associados com as neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos, o papiloma vírus humano permanece como fator de risco mais conhecido, em especial do câncer cervical.
  • E a hipotética relação entre pesticidas e neoplasias ainda aguarda por ser comprovada em humanos, sendo segura a compreensão de que tal evidência etiológica é aleatória e sem vínculo com tipos histológicos ou de tumores específicos.

A tabela seguinte mostra as taxas de mortalidade por câncer de pulmão (por 100 mil habitantes) padronizada por idade em relação ao hábito de fumar e à exposição ao asbesto (amianto).
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Sua análise permite afirmar corretamente que

  • A o desenvolvimento de câncer de pulmão é devido somente à predisposição genética de cada indivíduo.
  • B parece não haver influência do hábito de fumar no desenvolvimento de câncer de pulmão.
  • C parece não haver influência da exposição ao asbesto no desenvolvimento de câncer de pulmão.
  • D a exposição ao asbesto parece ter maior influência no desenvolvimento do câncer de pulmão do que o hábito de fumar.
  • E tanto a exposição ao asbesto como o hábito de fumar parecem influenciar o desenvolvimento de câncer de pulmão.

A quimioterapia e a radioterapia são técnicas para o tratamento do câncer com importantes efeitos colaterais devido a esses tratamentos atingirem tanto as células cancerosas como as saudáveis. É por isso que os médicos preferem, quando possível, tratamentos mais específicos como a terapia fotodinâmica ou a hipertermia terapêutica. Associe o tipo de tratamento da primeira coluna com suas características, na segunda coluna:
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:

  • A 1 – 3 – 2 – 4.
  • B 1 – 4 – 3 – 2.
  • C 3 – 2 – 4 – 1.
  • D 3 – 2 – 1 – 4.
  • E 2 – 4 – 1 – 3.

Terapia Genética, Imunoterápicos e Nanotecnologia

são novos instrumentos no combate ao câncer


Existem várias terapias sendo estudadas para o combate ao câncer e uma das apostas é a terapia genética. Em uma de suas modalidades, chamada Terapia Car-T, as células do sistema imunológico do paciente, no caso o linfócito T, são modificadas para combater o tumor. Sabe-se que algumas doenças não vão responder a determinados tratamentos, por isso, é preciso cada vez mais personalizá-los, apontam médicos oncologistas.

(Raphael Kapa. https://oglobo.globo.com. 30.08.2019. Adaptado.)

A terapia genética tem se mostrado promissora no tratamento e cura de inúmeras doenças que não apenas o câncer. De modo geral, essa terapia consiste em

  • A substituir segmentos específicos de DNA das células alvo por outros segmentos que levam à síntese de moléculas capazes de restabelecer o quadro normal do paciente.
  • B inserir no genoma das células do tecido doente genes funcionais obtidos de outras espécies, restabelecendo o padrão fisiológico normal do tecido alvo da terapia.
  • C tratar o paciente com quimioterápicos que reconhecem e atuam apenas sobre as células que apresentam padrões anômalos de divisão celular.
  • D promover a fusão de núcleos de células normais aos de células doentes, formando células híbridas capazes de restabelecer processos metabólicos até então anômalos.
  • E tratar o paciente com medicamentos que inibem a expressão dos genes defeituosos causadores da doença.