Questões de Checagem (Jornalismo)

Limpar Busca

Acerca da produção técnica do jornalista, julgue o item seguinte. 


É incabível checar informações com o entrevistado em caso de dúvidas, pois o entrevistador deverá possuir de antemão as informações necessárias para a entrevista.

  • Certo
  • Errado

Acerca da produção técnica do jornalista, julgue o item seguinte. 


Por carecerem de uma análise mais aprofundada dos fatos, notícias que abordem assuntos inesperados ou acontecimentos muito recentes são consideradas frias.

  • Certo
  • Errado

Leia atentamente a citação de Meyer (1991) citado por Lage (2019):

O mundo tornou-se tão complicado, tão intenso o incremento da informação disponível, que o jornalista tem que ser alguém que cria, e não só transmite, um organizador, e não só um intérprete, alguém que junte os fatos e os torne acessíveis. Além de saber como redigir informações de imprensa ou como contá-las nos meios audiovisuais, deve descobrir como fazê-las chegar à mente de seu público. Em outras palavras, o jornalista tem agora que ser um administrador de dados acumulados, processador e analista desses dados.


A partir da citação, analise quais afirmativas estão corretas:
I. O jornalista não precisa ser rigoroso na apuração da informação. II. O jornalista precisa transmitir a notícia de modo a suplantar o burburinho da sobrecarga informacional e chegar ao público que dela necessita ou deseja. III. O jornalista precisa saber como encontrar a informação. IV. O jornalista não tem que avaliar e analisar a informação. V. O jornalista deve evitar a divulgação de superstições e crenças sem fundamento, mesmo que atraentes o bastante para convencer até mesmo pessoas com longa formação escolar.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
  • A I, III e IV.
  • B I, III e V.
  • C II, III e IV.
  • D II, III e V.

Leia com atenção os dois trechos retirados do livro de Costa (2014): 


O jornalismo é um ofício. Um ofício tão banal quanto trágico e glorioso. Numa perspectiva moral, nele cabem, vale redundar, simultaneamente, tanto o sentido ético quanto o seu contrário – além do seu avesso, a hipocrisia. As novas mídias, anabolizadas pela possibilidade de participação individual ou institucional, se fundam nessa possibilidade e isso fez mudar a comunicação. Queiramos ou não, com resistência ou sem resistência das mídias tradicionais, as instituições e os indivíduos – cidadãos ou solipsistas – agora têm mais poder.

Não é o jornalismo que muda, mas sim a forma de comunicação. Não muda o modo de se fazer jornalismo, mas a importância que o jornalista tinha, e que não tem mais, nos elos da comunicação – e isso sim tem importância. Por isso ele precisa se acostumar com a ideia de um concorrente na contramão do despejar informações assimétricas de forma unilateral nas pessoas. Um indivíduo qualquer agora consegue produzir informação, ao menos alguma informação, não importa se ela segue os cânones da imprensa tradicional ou não. Idem para qualquer instituição, particular ou pública. A via agora é de mão dupla, tripla, infinita. E a possibilidade de qualquer um ter nas mãos uma ferramenta de comunicação capaz de atingir milhões de pessoas é que é inédita e por isso espantosa.


I. As fontes hoje têm mais poder e podem veicular informações de seu interesse em canais próprios de informação.

II. As novas mídias não trouxeram novas discussões sobre ética, antiética e hipocrisia, permitindo o exercício de uma “moral provisória”.

III. O jornalista não é mais o único produtor de informação.

IV. O dado desafiador no jornalismo é que ele começa a perder sua identidade numa realidade saturada de informações assimétricas (o maior indício do problema ético) e refém do sensacional desenvolvimento de múltiplos meios eletrônicos de comunicação.

V. Um indivíduo qualquer não pode despejar informações assimétricas de forma unilateral nas pessoas.

A partir da interpretação desses trechos, as afirmativas CORRETAS são, apenas

  • A I, III e IV.
  • B I, IV e V.
  • C II, III e IV.
  • D II, III e V.
Uma fonte anônima, identificada apenas pelo codinome, faz grave denúncia contra um agente  público. Além disso, ameaça dar a informação a outro veículo se o jornalista não publicar a matéria.

Levando em conta os critérios de apuração e a deontologia da profissão, qual deverá ser a atitude do jornalista?
  • A Denunciar a fonte anônima aos órgãos competentes por tentar difamar um agente público.
  • B Checar a informação com outras fontes, com pesquisa, já que fontes anônimas, em regra, não podem ser as únicas no processo de apuração.
  • C Informar ao agente público em questão a denúncia e buscar a outra versão. Isso garantirá a isenção jornalística.
  • D Publicar a matéria, urgentemente, para dar o furo jornalístico, revelando à audiência que se trata de fonte anônima, portanto tornando-se isento de qualquer erro na informação.
  • E Desconsiderar a denúncia, uma vez que fonte anônima não possui credibilidade. É perda de tempo.