Questões de Conciliação e Mediação (Psicologia)

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José, na última acirrada discussão com sua vizinha Eunice, afirmou que a demandará judicialmente. Larissa, amiga de ambos, recomendou que busquem resolver suas diferenças com a contribuição da mediadora Lídia.
Assinale a alternativa correta

  • A A recomendação de Larissa só terá sentido até a propositura de eventual demanda judicial, já que a adoção de meios consensuais de solução de controvérsias não deve ser estimulada no curso de processos judiciais.
  • B Lídia auxiliará os interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si mesmos, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
  • C Caso aceitem a recomendação mas, apesar da tentativa, não celebrem acordo, Lídia poderá testemunhar em futuras demandas judiciais sobre fatos ou elementos oriundos da mediação.
  • D Lídia não poderá aplicar técnicas negociais com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposição.

A mediação é um instrumento com dinâmica própria, reconhecido como efetivo na reparação de danos e restauração de laços sociais rompidos por força de situações de conflito e outras.
Na condução do processo de mediação, compete ao mediador 

  • A persuadir os participantes da mediação quanto às vantagens do acordo.
  • B fornecer o parecer técnico sobre o caso em questão.
  • C apresentar relatório circunstanciado com o teor das conversas.
  • D tomar as decisões consensuais que geram benefícios mútuos.
  • E promover um diálogo equitativo entre as partes envolvidas.
Entre as diversas aplicações da mediação no âmbito familiar, há aquela relacionada à conjugalidade, que pode ser entendida, inclusive, como uma provável estratégia de prevenção de violência. Sobre a mediação referente à conjugalidade, assinale a afirmativa correta.
  • A Evidencia investimento simétrico entre procriação e investimento afetivo dos parceiros no interior dos relacionamentos.
  • B Propicia o conhecimento de que sempre se espera mais dos companheiros, em uma constituição amorosa engendrada no cotidiano dos parceiros.
  • C Requer a clarificação da conjugalidade enquanto relação social pautada em crenças de confiança no espaço de regras e relativo à produção de bens.
  • D É exigido do mediador o conhecimento do que representa a conjugalidade, da qualidade do sentimento amoroso e instrução sobre o conflito presente e como podem negociar.
  • E Demanda do mediador o trabalho de responsabilização dos parceiros na relação, de modo que se impeça a consolidação de condutas vitimizadas e favoreça laço conjugal tradicional.
A partir de 2015, no Brasil, a mediação de conflitos familiares foi legitimada pela promulgação de dois marcos regulatórios: o Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/ 2015) e a Lei da Mediação (Lei nº 13.140/ 2015). Tais legislações trazem pontos semelhantes quanto à estruturação do serviço e da prática, à inserção da técnica, ao preparo do profissional, às possibilidades de atuação, e também quanto aos princípios norteadores do método. Contudo, essa legitimação não é suficiente para eximir as fragilidades quanto a tal estratégia. A fragilidade que permanece em relação à mediação de conflitos se refere à
  • A judicialização da vida social em tempos de consensualização dos conflitos dado o aumento da demanda.
  • B falência das relações sociais por dificuldade em resolver seus impasses; violência doméstica; aumento da aquisição; e, uso de armas.
  • C formação prévia do mediador, aberta para qualquer área de nível superior, com exigência mínima de dois anos de formação e do curso de capacitação.
  • D normatização da vida social mediante a fragilidade das instituições família e Estado, da falência das relações sociais por dificuldade em resolver seus impasses.
  • E predominância do campo pericial, cujo objetivo é de auxiliar a decisão judicial e não de intervir sobre o conflito, podendo acentuar ainda mais a disputa das partes.

De acordo com Vasconcellos (2014), avalie as afirmações sobre o conflito na perspectiva da mediação e das práticas restaurativas.
I - O conflito é dissenso e decorre de expectativas, valores e interesses contrariados, embora seja contingência da condição humana, e, portanto, algo natural.
II - O conflito é um fenômeno inerente às relações humanas, sendo fruto de percepções e posições divergentes quanto a fatos e condutas que envolvem expectativas, valores ou interesses comuns.
III - O conflito é algo que deve ser encarado negativamente, pois é possível uma relação interpessoal plenamente consensual, uma vez que cada pessoa é dotada de uma originalidade única, com experiências e com circunstâncias existenciais sociais.
IV - A consciência do conflito como fenômeno inerente à condição humana é muito importante e, quando compreendemos a inevitabilidade do conflito, somos capazes de desenvolver soluções autocompositivas.
Está correto apenas o que se afirma em

  • A I, III e IV.
  • B I, II e IV.
  • C III e IV.
  • D II, III e IV
  • E I, II e III.