Os anos 1980 e 1990 são, usualmente, considerados momento de inflexão da historiografia em nosso país, com a decadência das metanarrativas iluminista e marxista e das teses de longa duração. Ao promover diálogo interdisciplinar com a antropologia e a teoria literária, os historiadores brasileiros teriam propiciado a ascensão da micro-história e da história cultural. Muitos se valeriam de novas fontes para meditar sobre representações e privilegiariam recortes temporais recentes e recortes espaciais em território nacional, regionais ou locais. (Tendências Historiográficas –Resenha Crítica. Disponível em: resenhacritica. com.br. Adaptado.)
A mudança de bases teóricas, com inspirações na Nova História e em autores como Michel Foucault; Edward Thompson; Walter Benjamin; Clifford Geerz, dentre outros, alavancaria o enfoque, principalmente:
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A De temas, objetos e sujeitos históricos até então apagados, personagens comuns, pouco usuais em narrativas históricas anteriores.
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B Nas narrativas acadêmicas, dissociadas de recortes temporais, e, pelo contrário, imbuídas de critérios comuns aos vários períodos analisados.
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C Da perspectiva oficial, com o emprego gradual e frequente de certas narrativas objetivas, geradas no consenso analítico de estudiosos consagrados.
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D De tendências historiográficas entendidas como conjuntos resultantes prioritariamente da história documental, laboratorialmente comprovada.