Questões de Educação dos Surdos (Libras)

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De acordo com o Decreto nº 5.626/05, a formação docente de Libras dar-se-á por meio de curso de graduação de

  • A Licenciatura em Letras.
  • B Bacharelado em Letras/Libras.
  • C Fonoaudiologia com especialização em Libras.
  • D Licenciatura em Letras/Libras ou Libras/Língua Portuguesa como segunda língua.

O Decreto nº 5.626/05 dispõe sobre as atribuições das Instituições Federais de Ensino para atendimento educacional especializado à pessoa surda. Foram enumeradas as seguintes categorias profissionais de que as Ifes devem prover as escolas para garantir esse atendimento, de acordo com a legislação:
I. professor de Libras; professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas;
II. professor de Atendimento Educacional Especializado;
III. professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos;
IV. tradutor e intérprete de Libras/Língua Portuguesa.
Estão corretas

  • A I, II e III.
  • B I, II e IV.
  • C I, III e IV.
  • D II, III e IV.

No Brasil do século XIX, verifica-se a instauração da Língua Portuguesa como estratégia para desvincular o Brasil da “dependência” linguística de Portugal e França. Barbosa (2020, p. 185) destaca que “é a partir da necessidade de independência da formação linguística que vários fatos inauguram o cenário da educação e também da educação dos surdos brasileiros”.
BARBOSA, P. C. L. Análise de discurso sobre educação de surdos no século XIX: um gesto de leitura. Campinas: Pontes, 2020.
Nesse contexto, assinale a alternativa que NÃO se enquadrava no projeto de educação popular para os surdos.

  • A Os surdos eram encarados com números, devido ao interesse de quantificação da educação.
  • B No currículo, havia uma educação voltada para hábitos a serem praticados em um lugar social.
  • C Foram apresentados esboços da então linguagem de sinais, que foi inserida no processo de instrução dos surdos.
  • D Acreditava-se que os surdos não falavam porque eram mudos e, consequentemente, não tinham exercício mental para ser representado por meio da fala.

No livro A Surdez, um olhar sobre as diferenças, Carlos Skliar (1998), na apresentação intitulada “Um olhar sobre o nosso olhar acerca da surdez e as diferenças”, destrincha e debate de forma categórica duas grandes perspectivas sobre a surdez − clínico-patológica e socioantropológica − que foram adotadas nos anos seguintes por diferentes pesquisadores no âmbito dos Estudos Surdos, Estudos Educacionais, Estudos Linguísticos e Estudos da Tradução e Interpretação da Língua de Sinais. Considerando essa discussão,

  • A a perspectiva clínico-patológica da surdez defende o uso da língua de sinais, da cultura surda e da protetização dos surdos.
  • B a perspectiva socioantropológica da surdez reconhece a visualidade como potencialidade subjetiva das pessoas surdas e a língua de sinais como representação simbólica dessa forma de enxergar o mundo.
  • C tanto a perspectiva socioantropológica da surdez quanto a clínico-patológica defendem que o implante coclear é o melhor caminho para a inclusão social de pessoas surdas.
  • D a perspectiva socioantropológica defende que a surdez é uma deficiência que precisa ser corrigida e que a fala é o que dará aos surdos a condição de cidadãos.
  • E a perspectiva clínico-patológica reconhece a visualidade como potencialidade subjetiva das pessoas surdas e a língua de sinais como representação simbólica dessa forma de enxergar o mundo.

O reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais se deu com a Lei nº 10.436/2002, que a define como

  • A um sistema de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas.
  • B o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.
  • C o direito de expressão como um direito social, independentemente da condição social e econômica daqueles que dele necessitem.
  • D destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência.