Questões de Educação Sexual: na família, na escola (Pedagogia)

Limpar Busca

Segundo OUTEIRAL, sobre a sexualidade na adolescência, analisar os itens abaixo:
I. A identidade sexual, que começa a se organizar desde o nascimento, adquire sua estrutura, seu perfil definitivo, na adolescência.
II. Na adolescência, cria-se um sentimento de impotência frente às transformações que se operam, podendo ser vivida de uma forma persecutória com o corpo e/ou seus órgãos.

  • A Os itens I e II estão corretos.
  • B Somente o item I está correto.
  • C Somente o item II está correto.
  • D Os itens I e II estão incorretos.

O grêmio estudantil de uma escola se reuniu para propor um evento voltado às discussões de gênero e à sua relação com desafios como o fracasso do aluno e a violência escolar. Caio propôs uma ação voltada à pauta das masculinidades, o que gerou controvérsias no grupo. Qual fala seguinte expressa uma posição coerente com o que defende Carvalho (2003), tendo em vista uma educação para o respeito à diversidade e ao convívio com as diferenças?

  • A “As questões de gênero são sobre as mulheres e a opressão que historicamente enfrentam, não tem cabimento tratar também dos homens e seus problemas nesse momento”.
  • B “Se falarmos de masculinidade no evento, vamos valorizar ainda mais o homem padrão e esquecer que pensar gênero é defender as mulheres e a pauta LGBTQIA+”.
  • C “Se queremos igualdade, quando falamos de feminismo e valorizamos as mulheres e suas necessidades, temos também que falar de masculinidades, para equilibrar o jogo”.
  • D “É fundamental discutir masculinidades dentro da pauta de gênero, porque elas fornecem modelos de conduta aos meninos e alguns deles têm a ver com problemas da nossa escola”.
  • E “Meninos são agressivos e desinteressados pela escola, enquanto as meninas são obedientes e dedicadas, então precisamos mesmo é impedir que elas sigam sendo inferiorizadas”.

“A escola brasileira foi historicamente concebida e organizada segundo os padrões da heteronormatividade, valorizando e edificando como padrão um único componente: o adulto, masculino, branco, heterossexual.” (BRASIL, 2004, p. 26)
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Gênero e diversidade sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Brasília: SECAD, 2007. (Cadernos Secad). Disponível em: http:// pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_cad4_gen_div_prec.pdf Acesso em: 04 fev. 2022.
O contexto apresentado nessa citação tem, como consequência, práticas educacionais que

  • A colaboram para a heterossexualização compulsória dos sujeitos.
  • B são inclusivas para pessoas que fogem ao padrão heteronormativo.
  • C discutem a homofobia presente na sociedade e sua reprodução no ambiente educacional.
  • D favorecem a adequada compreensão, por toda a comunidade escolar, sobre orientação sexual.
  • E postulam a colaboração do processo educativo para a compreensão da diferença e para a diminuição progressiva do preconceito.

A educação sexual na escola é um fator de proteção para a saúde dos estudantes porque

  • A permite aos profissionais orientarem os adolescentes em suas escolhas e projetos de vida ao questionar valores e curiosidades em relação ao sexo.
  • B é desenvolvida por especialistas que debatem com os adolescentes a prevenção de problemas relacionados à sexualidade precoce e à promoção da saúde sexual.
  • C promove ações de prevenção de problemas relacionados às relações sexuais precoces, tais como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidez na adolescência.
  • D desenvolve nos sujeitos autocuidado, autoconhecimento, respeito à diversidade, conhecimento de normas sociais, prevenção de problemas e combate preconceitos e violências.
  • E realiza-se por meio de ação intersetorial da saúde na escola pública, em que o debate dos profissionais da área com os jovens ocorre com cientificidade, evitando-se os temas polêmicos.

Com base nos conhecimentos atuais sobre educação, gênero e orientação sexual, é correto afirmar que:

  • A A Organização Mundial de Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID) no início do século XXI.
  • B Orientação sexual é um conceito que recusa a validade do conjunto de manifestações, sentimentos e práticas sociais, sexuais e afetivas dos sujeitos, reafirmando concepções naturalizantes.
  • C O termo homossexualismo, embora pouco utilizado, reveste de conotação positiva a condição que designa, porque permite compreender que não se trata de uma doença, desvio ou aberração.
  • D Os Conselhos Federais de Medicina, desde 1985, e de Psicologia, desde 1999, no Brasil, retiraram a homossexualidade da classificação como doença, distúrbio ou perversão, permitindo a realização de tratamentos de reversão de orientação sexual.
  • E O termo orientação sexual veio substituir a noção de opção sexual, pois o objeto do desejo sexual não é uma opção ou escolha consciente da pessoa, uma vez que é resultado de um processo profundo, contraditório e complexo de constituição do ser humano.