Questões de Estratificação e desigualdade social (Sociologia)

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Assinale a alternativa incorreta acerca de potenciais e vulnerabilidades regionais em Goiás.
  • A O Centro-Sul do estado representa a região historicamente menos desenvolvida e concentra empregos de má qualidade, em consequência, é a região que apresenta a menor taxa de frequência ao ensino fundamental e básico
  • B A região Norte-Nordeste do estado possui os maiores índices de vulnerabilidade social, ligados, principalmente a alta concentração de renda e a baixa escolaridade da maioria da população
  • C A Região Centro-Oeste-Norte do estado apresenta a maior quantidade de municípios, porém, em sua maioria, municípios com até 5.000 habitantes; sua população é a que apresenta melhor presença no ensino básico e a segunda menor população com 25 anos ou mais, com escolaridade em ensino superior
  • D A periferia metropolitana de Brasília e seu entorno próximo representam municípios com baixa oferta de serviços públicos e populações fortemente urbanizadas; sofrem com baixos salários e desemprego
  • E As regiões metropolitanas de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia são os três maiores polos urbanos e de desenvolvimento social; apresentam o maior índice de empregos formais e a menor população exposta a vulnerabilidades
Vulnerabilidade social refere-se à condição daquele indivíduo que se apresenta, de qualquer forma, suscetível a algum agravo ou já sob risco ambiental, cultural, social, econômico ou político cujos recursos que permitiriam debelar a vulnerabilidade encontram-se socialmente distribuídos de forma desigual. Assinale a alternativa cujo indivíduo descrito não se apresenta em situação de vulnerabilidade social.
  • A Morador de ocupação em encostas de barranco
  • B Estudante que deixou de frequentar escola particular por queda da renda familiar
  • C Estudante de escola pública que não consegue vaga nas escolas
  • D Cidadão que não consegue tratamento médico na saúde pública
  • E Cidadão que não obtém registro civil ou que não o possua
A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e, no caso de crianças e adolescentes, trazem consequências irreparáveis. A situação compromete irreversivelmente seu desenvolvimento, condenando-os ao estado perpétuo de vulnerabilidade. Crianças criadas em um ambiente de privação e violência não conseguem crescer, estudar e trabalhar, o que dificulta que se tornem adultos independentes, perpetuando o ciclo de pobreza.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


A partir da análise do gráfico e dos estudos sobre a desigualdade social no Brasil, podemos concluir que:
  • A O curto período de melhora nos indicadores da pobreza compreendeu uma política de descontrole de gastos públicos e baixo crescimento econômico o que levou ao seu insucesso.
  • B Tivemos um breve ciclo de diminuição da pobreza que não se sustentou ao longo dos anos em razão, principalmente, do alto custo das políticas de distribuição de renda e a ausência de políticas redistributivas.
  • C A pobreza no Brasil a partir de 2003 experimentou um ciclo de declínio que durou mais de dez anos, sendo tal fato atribuído ao crescimento econômico e às políticas de distribuição de renda, além da valorização do salário mínimo.
  • D A diminuição da pobreza é explicada pela combinação e soma de diversas ações governamentais, com destaque para a adoção de políticas macroeconômicas de controle das contas públicas e austeridade fiscal aliadas à valorização do salário mínimo.
  • E O gráfico apresenta que, apesar da diminuição da pobreza ao longo dos anos, o número de pobres ainda representa mais de 15% da população, e que as políticas sociais implantadas no período, em especial os programas de transferência de renda, como o programa Bolsa Família, não resolveram o problema.

Conforme Reginaldo Pranti, historicamente, as religiões afro-brasileiras se fizeram sincréticas, estabelecendo paralelismos entre divindades africanas e santos católicos, adotando o calendário de festas do catolicismo, por exemplo, e valorizando a frequência aos ritos e sacramentos da Igreja Católica. Assim aconteceu com o Candomblé e a Umbanda, religiões que eram proibidas e reprimidas pelo Estado brasileiro até os 1930 e, por isso, duramente perseguidas por órgãos oficiais. Atualmente, os membros de tais religiões continuam a sofrer agressões, hoje menos da polícia e mais por pessoas, grupos e congregações ligadas ao cristianismo no Brasil. Como exemplo, na cidade do Rio de Janeiro, em junho de 2015, uma menina de 11 anos levou uma pedrada na cabeça ao sair de um culto de Candomblé com familiares e amigos. Segundo relatos de testemunhas, os agressores levantaram a Bíblia cristã e gritaram: "diabo", "Vai para o inferno”, “Jesus está voltando”. Ainda, de janeiro de 2018 a abril de 2022, segundo dados da Polícia Civil do Distrito Federal, foram registradas 55 ocorrências criminais tipificadas como intolerância religiosa, e 70,9% estão relacionadas a ofensas dirigidas a fiéis de cultos afro-brasileiros. E isso pode refletir nos censos estatísticos da população brasileira. O número de pessoas que se consideram membras dessas religiões é extremamente irrisório. No Censo do IBGE de 2010, apenas 0,3% de toda a população recenseada (na época de 195,7 milhões de pessoas) se manifestou como pertencentes ao segmento religioso afro-brasileiro.
Considerando o enunciado anterior, avalie as seguintes afirmações.
I. A intolerância religiosa se direciona às antigas religiões dos Orixás devido aos seus mitos e ritos originários terem sido deturpadores do cristianismo no país. II. Mesmo atualmente, quando a liberdade de escolha religiosa é garantida pela Constituição Federal, os membros de religiões de terreiro sofrem repressão. III. Uma possível explicação para que as religiões afrobrasileiras apareçam subestimadas nos censos oficiais do Brasil é justamente pela intolerância.
É correto o que se afirma em

  • A I e II, apenas.
  • B II e III, apenas.
  • C III, apenas.
  • D I, apenas.

Para as ciências sociais, hoje, de modo geral, o que se chama de heteronormatividade está fundamentado por práticas e discursos ainda hegemônicos na sociedade brasileira quanto às questões ligadas à sexualidade. A normatividade heterossexual traz a lógica do binarismo dos corpos: homem-mulher, e tudo que é diferente disso é considerado “anormal”, “não natural”, “pecaminoso”. Essa normatividade ao tratar, por exemplo, como “anormais” todos os grupos de pessoas que, por vezes, não se enquadrem ou se identifiquem nessa sexualidade binária hegemônica gera, por vezes, preconceitos, exclusões e repressões.
Considerando o exposto, conclui-se que, atualmente,

  • A espaços de formação social, como as escolas e as congregações religiosas no Brasil, procuram produzir discursos não excludentes sobre a sexualidade.
  • B a heteronormatividade gera discursos, mas não exerce vigilância ou controle sobre os corpos e suas sexualidades, independente se normais ou anormais.
  • C a sexualidade heteronormativa é definida por um conjunto de práticas e de discursos sobre os corpos que delimitam o que é e não é “normal” ou “natural”.
  • D a sexualidade é um dado da natureza, e não uma criação sociocultural, pois não pode ser inventada por práticas e discursos sobre os corpos e suas relações.