Questões de Farmacologia Cardiovascular (Farmácia)

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A descompensação aguda da insuficiência cardíaca frequentemente requer hospitalização. A internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode ser necessária, caso o paciente apresente instabilidade hemodinâmica, exigindo monitorização invasiva ou rápido ajuste dos medicamentos endovenosos com monitoramento rigoroso. Sobre os medicamentos que podem ser utilizados nessa condição, marque a alternativa CORRETA:

  • A A administração endovenosa de furosemida promove redução da pós-carga com melhora dos sintomas congestivos, sem alteração da pré-carga e sem risco de hipotensão sintomática e comprometimento da função renal.
  • B A nitroglicerina é muito utilizada para redução de pré-carga e melhora da congestão pulmonar. Doses mais altas promovem vasodilatação coronariana, exercendo efeitos benéficos sobre a demanda e o suprimento de oxigênio do miocárdio.
  • C A dobutamina pode ser utilizada em um contexto de insuficiência cardíaca perfil seco, já que ela exerce um efeito inotrópico potente, com alteração significativa da frequência cardíaca (efeito cronotrópico negativo).
  • D O nitroprussiato de sódio geralmente é utilizado para pacientes com elevação significativa da resistência vascular sistêmica. No entanto, seu efeito hipotensor é mais discreto que o da nitroglicerina, não necessitando de monitorização rigorosa.

A hipertensão é a doença cardiovascular mais comum, sendo uma das principais causas de acidente vascular encefálico, fator de risco importante para doenças coronarianas, insuficiência cardíaca e disfunção renal. Sobre a farmacoterapia da hipertensão, marque a alternativa CORRETA:

  • A O uso combinado de hidralazina com β-bloqueador e diurético é mais tolerado, por minimizar a taquicardia e a retenção de sódio e água, associadas ao seu uso isolado.
  • B Para tratamento de hipertensão em pacientes com doença arterial periférica, a primeira escolha é o propranolol, por bloquear tanto os receptores β1, quanto β2.
  • C A suspensão imediata de clonidina deve ser realizada em qualquer paciente idoso, que esteja experimentando xerostomia e utilize o medicamento há mais de 5 anos.
  • D A combinação de um bloqueador de canal de cálcio não di-hidropiridina e β-bloqueador é padrão ouro no tratamento de pacientes com hipertensão arterial resistente.

C.C.S, 50 anos, foi internado devido a hipoglicemia sintomática e síndrome de abstinência alcoólica. História pregressa: Diabetes Melitus; Hipertensão Arterial Sistêmica; cirrose CHILD A, 2 episódios prévios de pancreatite aguda alcoólica, sedentário, etilista pesado. Medicamentos de uso domiciliar: citalopram 20mg 1 comprimido (comp) pela manhã, fenofibrato 200mg 1 comp em dias alternados, insulina NPH 35 unidades pela manhã e 10 unidades internacionais a noite; rosuvastatina 20mg 1 comp a noite; losartana 50mg 1 comp de 24/24 horas. Na admissão a insulina NPH foi suspensa, sendo prescrita insulina regular para correção. Os demais medicamentos de uso domiciliar foram mantidos. Também foi prescrito diazepam 10mg de 4/4 horas. Considerando o exposto, marque a alternativa CORRETA:

  • A Benzodiazepínicos não devem ser utilizados para sintomas de abstinência alcoólica, uma vez que o paciente fará tratamento para desintoxicação do álcool às custas da dependência desses medicamentos.
  • B A frequência de administração do diazepam está muito alta para o quadro do paciente e requer intervenção do farmacêutico, já que se trata de benzodiazepínico com início de ação rápido e meia-vida longa.
  • C Em caso de comprometimento hepático, o lorazepam, que não apresenta metabólitos ativos clinicamente relevantes, seria uma alternativa ao uso de diazepam.
  • D Durante a anamnese, o paciente informou que iniciou o uso de fibrato há 3 meses quando seu triglicerídeos estava 200 mg/dL. Portanto, o farmacêutico deve orientá-lo a utilizar o medicamento todos os dias.

O tromboembolismo venoso (TEV) é uma doença potencialmente fatal, que se manifesta como trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP). Na ausência de contraindicação, o tratamento inicial de TEV inclui o uso de anticoagulantes. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que trata do uso CORRETO desses medicamentos:

  • A Paciente, 72 anos, em uso de enoxaparina 60mg por via subcutânea de 12/12 horas. Para o monitoramento da efetividade desse medicamento é necessária a avaliação diária de tromboplastina parcial ativado (TTPa) e de RNI. Já para avaliação da segurança é importante acompanhar sinais de sangramento e a contagem de plaquetas.
  • B Paciente, 45 anos, evoluiu com embolia pulmonar e está em tratamento com heparina não fracionada (HNF). Após 24 horas do início do medicamento, o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa) do paciente estava 38 segundos (valor controle = 25 a 39 segundos). Dessa forma, a dose de HNF deve ser reduzida
  • C Paciente, 72 anos, possui fibrilação atrial e utiliza rivaroxabana para prevenção de acidente vascular cerebral. Foi internado devido a uma pneumonia, sendo mantido todos os seus medicamentos de uso domiciliar. Considerando sua condição, esse paciente necessitará de prescrição de enoxaparina para profilaxia de TEV.
  • D Paciente, 66 anos, após internação por diagnóstico de tromboembolismo pulmonar e uso de enoxaparina, recebeu alta com apixabana, um anticoagulante oral, inibidor direto e seletivo do fator Xa livre ou associado ao coágulo, que não requer monitorização frequente de RNI (Relação Normatizada Internacional) para avaliação do seu uso.

Uma criança de 10 anos de idade que tem rinite alérgica sazonal e está em uso de difenidramina, mas tem apresentado problemas no rendimento escolar por causa da sonolência durante as aulas. A difenidramina tem ação anti-histamínica e um de seus principais efeitos adversos é a sedação (TOY et al., 2015), que se justifica pelo fato de:

  • A A difenidramina é um anti-histamínico de primeira geração que pode atravessar a barreira hematencefálica causando efeitos no SNC.
  • B A difenidramina é um anti-histamínico de primeira geração que pode atravessar a barreira hematencefálica causando efeitos no SNP.
  • C A difenidramina é um anti-histamínico de segunda geração que pode atravessar a barreira hematencefálica causando efeitos no SNP. 
  • D A difenidramina é um anti-histamínico de segunda geração que pode atravessar a barreira hematencefálica causando efeitos no SNC.
  • E A difenidramina é um anti-histamínico de terceira geração que pode atravessar a barreira hematencefálica causando efeitos no SNC.