Questões de Filosofia e a Grécia Antiga (Filosofia)

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Sobre as origens da dialética é correto afirmar que(,)

  • A na Roma Antiga, a palavra dialética representava um modo de resistência.
  • B na Grécia Antiga, o termo dialética designava uma dúvida sistemática.
  • C a dialética é uma ilusão de tudo que é imutável.
  • D a dialética considera todas as coisas em movimento, relacionadas umas com as outras.
  • E a dialética, na Grécia Antiga, era um modo de tratar da verdade.

“[...] desde Aristóteles, o ideal da lógica tem sido encontrar as condições necessárias para que, de proposições verdadeiras, se obtenham conclusões verdadeiras. E é apenas o método dedutivo que oferece essa possibilidade e garantia. [...] a dedução é um modo de raciocinar, argumentar e demonstrar em que a conclusão é uma consequência lógica das premissas [...]”.
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de filosofia. – 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 109.
Sobre a dedução, é correto afirmar que parte de 

  • A premissas singulares para uma conclusão universal.
  • B premissas universais para uma conclusão singular.
  • C uma proposição singular para se chegar a outra singular.
  • D uma proposição universal e chega-se a outra universal.

No diálogo Eutífron, Platão apresenta uma conversa entre Sócrates e o jovem Eutífron acerca da piedade. Sócrates pergunta-lhe sobre o que é a piedade, e Eutífron que é piedoso denunciar e procurar castigo para quem comete homicídios. Sócrates, então, argumenta:
“[...] não te pedi para demonstrar-me uma ou duas dessas coisas que são piedosas, mas que me explicasses a natureza de todas as coisas piedosas. Porque disseste que existe algo característico que faz com que todas as coisas ímpias sejam ímpias, e todas as coisas piedosas, piedosas. Pois bem, esse caráter distintivo é o que desejo que me esclareças, a fim de que, analisando-o com atenção e servindo-me dele como parâmetro, possa afirmar que tudo o que fazes, ou um outro, de igual maneira é piedoso, enquanto aquilo que se distingue disso não o é”.
(PLATÃO. Eutífron, 6 d-e. Lisboa: Casa da Moeda, 2007 (Texto adaptado).
O que Sócrates solicita a Eutífron é que este 

  • A dê exemplos exaustivos de ações piedosas, de modo que, ao final, saibamos o que é a piedade.
  • B explique por que é piedoso denunciar e solicitar punições aos que cometem homicídios.
  • C dê uma definição geral de piedade, mediante a qual se possa reconhecer as ações piedosas.
  • D mostre como cada ação piedosa tem sua própria natureza, sendo a piedade um valor relativo.

No diálogo platônico Sofista, os personagens Teeteto e Estrangeiro conversam sobre o que é o sofista, chegando à tese de que seu discurso é um simulacro, uma cópia falsa do real. No entanto, essa tese conduziria os interlocutores a uma dificuldade, segundo o Estrangeiro, que a explica nos seguintes termos.
“É que, realmente, jovem feliz, nos vemos frente a uma questão extremamente difícil. Afinal, mostrar e parecer sem ser, dizer algo, entretanto, sem dizer com verdade, são maneiras que trazem grande dificuldades... Que modo encontrar, na realidade, para dizer ou pensar que o falso é real sem que, já ao dizer isso, nos encontramos enredados numa contradição? [...] A audácia dessa afirmação é supor o não ser como ser; e, na realidade, nada pode ser dito falso sem esta condição”.
PLATÃO. Sofista, 236e-237-a. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Coleção Os Pensadores (Texto adaptado).
Segundo o Estrangeiro, a dificuldade dessa afirmação, sua contradição inicial, a ser elucidada na continuidade do diálogo, estaria em que

  • A não é possível dizer que algo é falso, pois, por definição, o falso não é.
  • B se o falso existir, é preciso abandonar a tese de que o ser é e o não-ser não é.
  • C se diria, simultaneamente, que o falso não é falso, pois o que é não seria.
  • D seria preciso admitir que o falso, de algum modo, é; mas o não ser não é.

O legislador, estratego e poeta Sólon (século VI a.C.) foi o primeiro grande reformador democrático de Atenas. No fragmento a seguir, pode-se observar a cisão que Sólon estabelece entre a pólis e a monarquia. Leia-o com atenção. [...] por homens potentes a cidade perece, e do monarca  o povo, por ignorância, na escravidão cai. Mui alçado, não é fácil depois trazê-lo  ao chão [...]
(SÓLON, fr. 9, in: RAGUSA, Giuliana; BRUNHARA, Rafael. Elegia grega arcaica. Araçoiaba da Serra: Editora Mnema, 2021).
Com base no texto, analise as assertivas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A pólis se sustenta na ignorância do povo. ( ) O poder de um só produz a ignorância. ( ) A ignorância causa a escravidão do povo. ( ) A pólis não pode apoiar-se na ignorância.
A sequência correta, de cima para baixo, é

  • A F, F, V, V.
  • B V, F, F, V.
  • C V, F, F, F.
  • D F, V, V, V.