A interação dos fatores patógeno, hospedeiro e ambiente é essencial para a ocorrência de doenças em plantas. Entretanto, a severidade das doenças infecciosas pode ser maior ou menor, dependendo de outros fatores que compõem os vértices do triângulo, representados pelo patógeno, ambiente e hospedeiro. Na agricultura moderna, o homem é um fator tão importante no manejo das doenças que foi proposto um tetraedro, ao invés do tradicional triângulo, para melhor representar as interações entre fatores predisponentes à ocorrência de uma doença. A tipologia de danos entre o causador do dano (patógeno) e quem sofreu o dano (planta) envolve um efeito direto que afeta o produtor e o consumidor final do produto. Avaliar os índices de ataque de pragas e doenças em plantas é de extrema relevância, pois avaliar o efeito dos possíveis danos é propiciar metodologias para gerar produtos em quantidades desejáveis e com qualidade. Diante do exposto, assinale a afirmativa INCORRETA.
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A Em algumas doenças, como nos carvões, os sinais se confundem com sintomas, crescimento excessivo de tecidos epidérmicos e corticais, geralmente modificados pela ruptura e suberificação das paredes celulares. Caracteriza-se por lesões salientes e ásperas em frutos, tubérculos e folhas.
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B Os sintomas holonecróticos podem se desenvolver em qualquer parte da planta doente. Este processo se constitui no mais familiar e conspícuo grupo de sintomas conhecidos nas plantas. São os sintomas característicos da morte das células, provocando a mudança da coloração do órgão ou tecido afetado para marrom ou preto, e são expressos após a morte do protoplasma.
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C Os sintomas necróticos são caracterizados pela degeneração do protoplasma, seguida de morte de células, tecidos e órgãos. Alguns patossistemas exibem, em seu quadro sintomatológico, alguns sintomas que precedem à necrose, como amarelecimento, encharcamento e murcha. Sintomas necróticos presentes antes da morte do protoplasma são chamados plesionecróticos.
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D Os sinais são representados por estruturas do patógeno associadas ao sintoma ou por produtos da interação hospedeiro-patógeno, geralmente associados ao tecido doente. Para fins de diagnóstico, os sinais podem superar os sintomas em confiabilidade. Além de estruturas patogênicas (partículas virais, células de procariotos, estruturas fúngicas como micélio, esporos, corpos de frutificação etc.), exsudações ou cheiros emanados das lesões podem ser considerados também como sinais.
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E Nos órgãos da planta se identificam que ocorrem anomalias no crescimento, multiplicação ou diferenciação de células vegetais levando a distorções, o que é conhecida genericamente como sintoma plástico. Os sintomas plásticos são caracterizados por anomalias que levam a alterações visíveis na forma ou no conteúdo de tecidos doentes. Os sintomas plásticos são: estiolamento; mosaico; filofia; epinastia; galha; superbrotamento; dentre outros. Quando plantas apresentam subdesenvolvimento, devido à redução ou supressão na multiplicação ou crescimento das células, os sintomas são denominados de hipoplásticos. Nos casos em que ocorre superdesenvolvimento, os sintomas são denominados hiperplásticos; os sintomas hipoplásticos são mais comuns em plantas doentes.