Questões de Fontes de Dados (Comunicação Social)

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Leia o texto abaixo:
“Na rotina produtiva diária das redações de todo o mundo, há um excesso de fatos que chegam ao conhecimento dos jornalistas. Mas apenas uma pequena parte deles é publicada ou veiculada. Ou seja, apenas uma pequena parte vira notícia. O que pode levar qualquer leitor ou telespectador a perguntar: afinal, qual o critério utilizado pelos profissionais da imprensa para escolher que fatos devem ou não virar notícia? (…)
O fato é que os jornalistas se valem de uma cultura própria para decidir o que é ou não é notícia.”
PENA, Felipe – Teoria do Jornalismo – Ed. Contexto, São Paulo, 2008, p.71
Analise as afirmativas abaixo tendo por base o texto acima e seus conhecimentos sobre a notícia jornalística.
1. Os critérios de noticiabilidade estabelecidos pelo ethos do jornalismo, ou seja, aquilo que torna notícia notícia, são difusos, imprecisos e construídos conforme os interesses dos envolvidos.
2. Notícia é o fato publicado. Nem todo fato vira notícia.
3. Classicamente, notícia é a desacomodação da rotina, o inusitado.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

  • A É correta apenas a afirmativa 3.
  • B São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
  • C São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
  • D São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
  • E São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

Leia o trecho abaixo de notícia publicada na Folha de S. Paulo para responder à questão.
Rainha Elizabeth 2ª morre aos 96 após reinado mais duradouro da Inglaterra
Discreta, soberana deixa como maior legado preservação da confiança na monarquia; Charles 3º é novo rei
João Batista Natali – Folha de S. Paulo
A rainha Elizabeth 2ª, que por sete décadas ocupou o trono britânico e se tornou um símbolo da monarquia em todo o mundo, morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos. Seu filho mais velho, o agora rei Charles 3º, é seu sucessor.
Sobre os critérios de noticiabilidade do texto acima, assinale a alternativa correta.

  • A O critério que determina a notícia é apenas a identificação cultural do Brasil com a Europa. Qualquer outro monarca morto não teria a mesma importância.
  • B O critério que mais se destaca na matéria é a notoriedade da rainha. A morte de alguém conhecido, popular e importante sempre será notícia.
  • C Sempre a morte, independente de quem esteja envolvido, será critério de noticiabilidade.
  • D A utilidade da notícia e como ela pode alterar a vida do leitor é o principal critério desta informação.
  • E Certamente o critério mais prevalente na matéria é o ineditismo do fato, porque não é todo dia que morre um monarca.

É função da assessoria de imprensa intermediar a relação entre a fonte – o assessorado – e a mídia. No entanto, as fontes têm personalidade e autonomia e também acabam por construir um relacionamento com o jornalista. Neste sentido, Duarte e Fonseca Júnior (2018) apontam alguns dos principais erros cometidos pelas fontes no relacionamento com a imprensa. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma dessas atitudes equivocadas.

  • A Ser objetivo, claro e direto ao falar, a fim de ser facilmente compreendido.
  • B Não valorizar o trabalho da assessoria de imprensa, bem como o atendimento aos jornalistas
  • C Querer ser notícia sempre.
  • D Deixar perguntas sem respostas.
  • E Pedir para ler o texto do jornalista antes da publicação.

O bom assessor tem muito de um bom repórter. Apura criteriosamente informações sobre o assessorado, busca dados que compõem uma notícia, procura fontes confiáveis (dentro e fora da organização, se for necessário) para averiguar a abordagem que tem em mente. Na hora de divulgar, tem a função de ajudar seu assessorado a identificar se o fato que ele quer ver divulgado é de interesse público e, assim, passível de se tornar objeto de matéria. Caso não seja, o tema não deve ser levado à mídia.

Mafei, M. Assessoria de imprensa: como se relacionar com a mídia.

São Paulo: Contexto, 2012.


De acordo com Mafei, o conhecimento de jornalismo contribui para a seguinte caraterística do assessor de imprensa:

  • A diagnóstico de resultados técnicos
  • B publicação de anúncios corporativos
  • C elaboração de conteúdos editoriais
  • D adaptação de campanhas publicitárias

Os públicos estão cada vez mais autônomos e não apenas consomem como também produzem e são curadores de conteúdo. As fontes tradicionais têm a capacidade de dialogar diretamente com os interessados, sem participação da imprensa, o que desloca o papel do antigo assessor para o de estrategista e gestor dos processos de interação e informação dos públicos. Há cada vez mais certeza de que é mais importante falar com o público certo do que tentar falar com todos.

Adaptado de Seabra, R. Produção da notícia: a redação e o jornalista.

In: Duarte, J. (Org.). Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia.

São Paulo: Atlas, 2018.


Considerando as transformações apontadas no texto, uma atribuição nova do assessor de imprensa é:

  • A redigir os textos oficiais
  • B elaborar o mailing de veículos
  • C responder às redações jornalísticas
  • D planejar a comunicação da instituição