Questões de Fotojornalismo (Jornalismo)

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No que se refere à imprensa escrita, julgue o item.

A fotolegenda é o texto escrito pelo jornalista embaixo de uma imagem, com o objetivo de explicá-la, de forma curta e rápida, para o leitor. 

  • Certo
  • Errado

O fotojornalismo é a vertente do jornalismo que utiliza a fotografia como forma de produção jornalística, com o intuito de transmitir informações de interesse público. Como em todas as profissões, os fotojornalistas precisam se atentar ao código de ética e preceitos fundamentais para executar suas atividades. Para Sousa, “[...] falar de ética implica falar de uma perspectiva [...]”, isso porque, ao se discutir o limite ético no fotojornalismo, além de considerar o aspecto do fotojornalista para com o fotografado, é preciso incluir nessa discussão os limites éticos do fotojornalista com sua própria consciência e conduta moral e o papel do editor e dos meios de comunicação para com o fotojornalista. Além disso, deve-se considerar a questão ética relacionada com a veracidade dos fatos retratados na imagem e no texto que a acompanha. Portanto, assim como reforça Sousa, todas essas perspectivas devem ser consideradas ao se discutir sobre o papel da ética no fotojornalismo. Sousa apresenta seis princípios do fotojornalismo, os quais, segundo o autor, devem ser balanceados e, por vezes, contrapostos, uma vez “[...] que os fotojornalistas, os editores, os leitores e os públicos em geral muitas vezes discordam da publicação de certas imagens, por terem valores diferentes, mesmo entre esses seis princípio”. (Lester, 1991 apud Sousa, 2002, p. 143.)
Sobre os princípios do fotojornalismo, assinale a afirmativa correta.

  • A O princípio do equilíbrio refere-se ao bom senso utilizado pelo fotojornalista ao registrar os momentos noticiosos. Situações em que uma celebridade ou figura pública importante morre são exemplos. A cobertura do enterro pode ser feita, respeitando os interesses do público, mas se deve considerar o respeito à família e à pessoa falecida.
  • B O princípio básico do imperativo categórico Kantiano consiste na avaliação de que o efeito da fotografia provocará um bem maior para o maior número possível de pessoas, ainda que isso impacte negativamente um pequeno grupo de pessoas. Portanto, o princípio refere-se ao resultado das atividades do fotojornalista, as quais devem servir ao interesse da grande maioria do público.
  • C O princípio da transferência refere-se à publicação de fotografias com base em sua qualidade técnica, estética e de conteúdo, ou seja, quando, por vezes, o fotógrafo insiste na publicação daquele que ele considera ser o seu melhor trabalho devido às qualidades técnicas e estéticas e ao conteúdo do mesmo, e ainda que as fotografias possam chocar ou ofender certas pessoas. Desse modo, o fotojornalista assume uma conduta hedonista quando coloca os seus critérios estéticos acima de sua consciência. No entanto, para o autor, mesmo com esse aspecto egoísta, a conduta profissional do fotojornalista ainda é legítima.
  • D O princípio do utilitarismo refere-se àquilo que está incondicionalmente certo, ou seja, a questão dos valores morais, que são comuns a todos os indivíduos. Um exemplo desse princípio é a regra universal de direito e acesso à informação de caráter público. Providenciar informação aos cidadãos (reporting the news) é uma regra universal que não pode ser quebrada (a informação pode ajudar a viver, a decidir, a dar sentido ao mundo, a clarificar os negócios públicos, a educar, a enriquecer culturalmente etc). Assim, esse princípio caracteriza o compromisso do fotojornalista com o valor-notícia e sua responsabilidade profissional de registrar momentos de um fato noticioso.
Esta questão foi anulada pela banca organizadora.

A fotografia é um intrigante documento visual cujo conteúdo é a um só tempo revelador de informações e detonador de emoções”. Para o autor, o fascínio que a fotografia causou se deu pela capacidade de despertar “[...] sentimentos profundos de afeto, ódio ou nostalgia para uns, ou exclusivamente meios de conhecimento e informação para outros. (KOSSOY, 2001, p. 28. Adaptado.)
A fotografia, aos poucos, foi ganhando mais espaço e sendo reconhecida como um importante documento histórico, como instrumento revelador da verdade, de momentos e fatos, de “um fragmento congelado de uma realidade materializada iconograficamente”. Logo, o jornalismo percebeu o potencial de transmitir informações por meio de imagens e adotou a fotografia para si. Sobre o papel do fotojornalismo, é INCORRETO afirmar que: 

  • A O que se deve ter em mente é que a imagem, para o jornalismo, precisa informar algo que traga um “algo a mais”, que “acrescente algo” a um texto.
  • B O lançamento do Daily Mirror– primeiro tabloide fotográfico –, em 1904, marcou uma nova etapa do fotojornalismo, em que as imagens deixam de ocupar um espaço secundário para se mostrarem tão importantes quanto o texto escrito.
  • C Os grandes acontecimentos históricos passaram a ser divulgados nos jornais por meio de reproduções feitas a partir da fotografia. Desse modo, o fotojornalismo foi ganhando notoriedade e importância diante da possibilidade de registrar a história no momento em que ela ocorre.
  • D Há, ainda, certa confusão entre os termos fotojornalista e fotodocumentarista. O que os difere é que o primeiro trata a fotografia como um projeto, e, nesse caso, o profissional vai a campo já tendo estudado e se aprofundado sobre o tema que registrará e as condições que enfrentará. O mesmo não ocorre com o fotodocumetarista, que logo precisa fotografar algum fato, sem poder se aprofundar sobre ele.

“As maiores alterações decorrentes da utilização da nova tecnologia digital irão, necessariamente, afetar as estruturas físicas dos jornais e, em especial, das editorias de fotografia. Além disso, os próprios conceitos e técnicas fotojornalísticas acabam, necessariamente, sofrendo revisões para se adaptarem à nova forma de fotografar.” (FELZ, 2008). A partir dessa análise do pesquisador Jorge Felz sobre as perspectivas do fotojornalismo a partir da internet, analise as afirmativas abaixo.


I. A linguagem fotográfica sofreu alterações a partir do digital. No universo analógico, em um filme de 35mm, as dimensões do negativo são de 24 x 36mm e a relação entre largura e altura é de 1:1,5. Essa é uma proporção áurea do retângulo fotográfico.

II. Em várias câmeras digitais, essa relação é alterada para 3:4. Com isso, o enquadramento passa para uma forma quase quadrada, que representaria a forma geométrica do equilíbrio absoluto. Poucos assuntos se adaptam a esse formato.

III. Essa transformação do formato fotográfico parece ter relação direta com o fato de a imagem digital ter surgido para ser vista na tela de TV e no monitor do computador, já que os primeiros CCDs equipavam câmeras de vídeo.

IV. Em função desse novo formato, os fotógrafos precisam realizar cortes nas imagens para torna-las mais quadradas, além de cuidar para capturar imagens com contrastes fortes e um grande número de linhas.


Estão corretas as afirmativas: 

  • A I, II e III apenas
  • B I, lll e IV apenas
  • C II, III e IV apenas
  • D I, II e IV apenas
Como modalidade do Jornalismo, o Fotojornalismo se adequa ao Jornalismo Especializado. As pautas fotográficas são destinadas a coberturas específicas, nas áreas de atuação das editorias, o que exige do fotógrafo habilidade para produzir imagens de naturezas diferentes.
Diante desta observação, assinale alternativa correta:
  • A Determinadas especializações não se adequam ao uso da imagem fotográfica, devido às limitações impostas por direitos de imagem
  • B Com o advento das novas tecnologias, algumas especializações dispensam o uso da fotografia, optando apenas pelo uso de recursos audiovisuais
  • C Não existe diferença de postura e escolha de equipamentos por parte do fotógrafo para a cobertura de pautas específicas (culturais, econômicas, esportivas ou políticas)
  • D O Fotojornalismo cobre as diferentes especializações do Jornalismo, como econômico, esportivo, político, policial, cultural, etc.
  • E O jornalismo contemporâneo deixou de ser especializado e passou a abordar os fatos sempre de maneira globalizante