Na área forense, a identificação de espécies pode ser utilizada em muitas situações, incluindo casos em que a interferência animal em cadáveres possa ser confundida com ferimentos ante mortem e na diferenciação entre restos mortais humanos e não humanos em cenas de crime ou acidentes. Além do mais, alguns tipos de crime dependem da identificação das espécies envolvidas para a sua caracterização, tais como as fraudes em alimentos de origem animal, causadoras de prejuízos econômicos e potenciais danos à saúde da população. Vários estudos mostram que a substituição de peixes e frutos do mar, por exemplo, é bastante comum em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Da mesma forma, crimes como a caça de animais silvestres e o comércio ilegal de suas partes ou subprodutos, potenciais causadores de danos aos ecossistemas naturais, também dependem de exames que assegurem o envolvimento de espécies protegidas para a sua tipificação.
A respeito da genética forense aplicada a exames em animais, é INCORRETO afirmar:
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A Embora um grande número de marcadores de DNA mitocondrial seja utilizado para fins de identificação de espécies, os mais comuns são segmentos dos genes citocromo b (Cytb) e da subunidade I da citocromo c oxidase (COI).
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B Na ausência de mutações, todos os membros de uma mesma linhagem materna vão apresentar o mesmo tipo de DNA mitocondrial, ou haplótipo.
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C Na coleta de amostra para exame genético, no caso de material úmido, como tecidos frescos, por exemplo, após a coleta, o material deve ser acondicionado em recipiente estéril e preservado em formol 10% ou congelado (-20°) até o envio ao laboratório.
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D O DNA, ou ácido desoxirribonucleico, é uma molécula que contém as informações necessárias para o funcionamento e replicação de todos os seres vivos, com exceção de alguns vírus.