Questões de Geriatria (Medicina)

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A anticoagulação oral pode reduzir significativamente o risco de acidente vascular encefálico (AVE) em idosos com fibrilação atrial (FA). Sobre os anticoagulantes orais usados no idoso com FA não valvar é possível afirmar, EXCETO:

  • A A dose de dabigatrana no idoso com clearance de creatinina > 50 mg/min é 150 mg 12/12 horas.
  • B Nos pacientes com disfunção renal severa, a warfarina não deve ser usada para anticoagulação oral.
  • C A dose de apixabana deve ser reduzida para 2,5 mg de 12/12 horas se o paciente apesentar duas das três condições seguintes: idade > 80 anos, peso < 60 Kg e creatinina > 1,5 mg/dL.
  • D A dose de rivaroxabana é 20 mg/dia, mas deve ser reduzida para 15 mg/dia em idosos com clearance de creatinina < 50 ml/min.

A incidência de mieloma múltiplo aumenta com a idade. Sobre o diagnóstico do mieloma múltiplo, é possível afirmar, EXCETO:

  • A A prevalência de múltiplas morbidades no paciente idoso pode tornar desafiador a distinção entre lesões de órgão-alvo (anemia, insuficiência renal ou fraturas vertebrais) relacionadas ao mieloma daquelas relacionadas a outras comorbidades.
  • B A imunofixação de proteínas séricas é mais sensível que a eletroforese de proteínas séricas para detecção do componente monoclonal, devendo ser realizada para confirmar sua presença e para identificar os tipos de cadeia pesada e de cadeia leve envolvidas.
  • C Na ausência de lesão de órgãos alvo conforme critérios CRAB, o achado de plasmócitos monoclonais na medula > 10% define o diagnóstico de mieloma múltiplo.
  • D Na avaliação do paciente com mieloma múltiplo, o médico deve fazer anamnese e exame físico minucioso, buscando evidências de lesões de órgão-alvo (hipercalcemia, insuficiência renal, anemia e leões ósseas).

Ao se realizar a manobra de Dix-Hallpike no paciente idoso, são achados que sugerem o diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), EXCETO:

  • A Latência de 1 a 5 segundos entre a manobra e o início da vertigem e do nistagmo.
  • B Vertigem e nistagmo de natureza paroxística, durando 10 a 20 minutos.
  • C Vertigem acompanhada de nistagmo rotatório.
  • D Fatigabilidade, isto é, redução da intensidade da vertigem e do nistagmo com a repetição da manobra.

Sobre cuidados pós-operatórios no paciente idoso, podemos afirmar, EXCETO:

  • A Alterações observadas com a imobilidade prolongada incluem: redução da capacidade aeróbica, hipotensão ortostática, descondicionamento muscular, perda óssea, contraturas articulares, constipação, incontinência, úlcera de pressão, risco aumentado de trombose venosa profunda, atelectasia, hipoxemia e pneumonia.
  • B Pacientes com necessidade de uso prolongado de sonda vesical de demora devem receber profilaxia com antibióticos para reduzir risco de infecção do trato urinário.
  • C Em pacientes estáveis clinicamente, o uso de sonda urinária por mais de 48 horas deve ser evitado, exceto quando a retenção urinária não pode ser tratada de outra maneira.
  • D O delirium é frequente em idosos submetidos a cirurgia de correção de fraturas de quadril e está associado a uma pior recuperação funcional. Além disso, idosos com delirium intra-hospitalar estão em risco de redução prolongada da capacidade cognitiva.

A incidência de epilepsia aumenta significativamente com o envelhecimento. Em relação ao diagnóstico e tratamento da epilepsia no idoso, podemos afirmar EXCETO:

  • A A maior parte das epilepsias em idosos são associadas a causas secundárias como acidente vascular encefálico (AVE), doença de Alzheimer, trauma ou tumor intracraniano.
  • B A lamotrigina deve ser evitada em pacientes idosos, já que ela tem impacto significativo na cognição.
  • C O eletroencefalograma pode ser normal em cerca de metade dos idosos com epilepsia. Assim, um exame normal não exclui o diagnóstico de epilepsia.
  • D O levetiracetam é um anticonvulsivante de amplo espectro, com farmacocinética, eficácia e tolerabilidade favoráveis para uso em idosos.