I. A foto a seguir retrata o corpo embalsamado de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, governador da Paraíba, morto em julho de 1930. A foto circulou na imprensa com os dizeres “Vivo não te venceriam! Morto não te vencerão!”.
![Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas]()
Foto: Arquivo Pessoal/Eduardo Cavalcanti
II. “O assassinato do político paraibano provocou forte comoção no país. Os líderes da Aliança Liberal trasladaram o corpo para o Rio de Janeiro, onde foi enterrado em meio a grande manifestação popular. Nas cidades por onde passou, o cortejo fúnebre foi alvo de manifestações semelhantes. Tal clima contribuiu para que os preparativos revolucionários se acelerassem, resultando na deposição de Washington Luís, em outubro de 1930, e na ascensão de Vargas ao poder, no mês seguinte. Em setembro de 1930, a capital paraibana, até então denominada cidade da Paraíba, foi rebatizada com o seu nome.”
Adaptado de https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1
Com base na imagem e no texto, é correto afirmar que:
-
A João Pessoa era candidato a vice-presidente pela Aliança Liberal e o seu assassinato impulsionou a vitória eleitoral da sua chapa, que tinha como candidato à presidência da República o gaúcho Getúlio Vargas;
-
B João Pessoa pertencia à oligarquia paraibana e, apesar de sua aliança com os liberais no cenário nacional, defendia o coronelismo e os interesses dos setores agroexportadores na região e no seu porto de escoamento, em Recife;
-
C João Pessoa negou-se a apoiar a candidatura situacionista de Júlio Prestes à presidência da República, por isso na bandeira paraibana fez inscrever “nego”, como referência à negativa em apoiar o projeto paulista de instaurar o Estado Novo;
-
D a morte de João Pessoa ajudou Getúlio a alimentar uma consternação popular, a qual, somada à acusação de eleições fraudulentas e às consequências da crise de 1929, contribuiu para desencadear o movimento da Revolução de 1930;
-
E o apoio de João Pessoa à candidatura do gaúcho Getúlio Vargas foi o estopim da Revolta da Princesa no sertão da Paraíba e da divisão política entre perrepistas e liberais, que se desdobrou no cenário nacional na Revolução de 1930.