Questões de Interpretação e Tradução de Línguas de Sinais (Libras)

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(...) o intérprete senta-se junto à pessoa, ouve uma longa parte do discurso e, depois, verte-o para uma outra língua, geralmente com a ajuda de notas. (Adaptado de: ROSA, Andréa da Silva. Entre a visibilidade da tradução da língua de sinais e a invisibilidade da tarefa do intérprete. Campinas, Arara Azul, 2005, p. 115)
O trecho apresentado refere-se à modalidade de interpretação

  • A audiovisual.
  • B simultânea.
  • C ao vivo.
  • D on-line.
  • E consecutiva.

O uso do espaço à frente do sinalizador enquanto “representação de entidades não presentes em relações” (ALBRES, 2021, p. 106) é denominado por alguns autores como sintaxe espacial. Albres (2021), ao citar Quadros e Karnopp (2006), descreve alguns mecanismos relacionados ao local no espaço da sinalização.
ALBRES, N. A. Comunicação em Libras: para além dos sinais. In: LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L. Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2021.
Assinale a alternativa que NÃO se enquadra nesses mecanismos relacionados à sintaxe espacial.

  • A Usar classificador na localização relevante.
  • B Usar um verbo numa localização particular.
  • C Usar um pronome (com apontação ostensiva) numa localização particular.
  • D Posicionar a cabeça e os olhos (e talvez o corpo) na direção relevante, simultaneamente à realização do sinal.

Segundo o artigo 6º da Lei nº 12.319/2010, é atribuição do tradutor e intérprete de Libras, no exercício de suas competências, efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes,

  • A por meio da Libras para a língua oral e vice-versa.
  • B surdos com outras deficiências e surdo-cegos por meio da Libras para a língua oral e vice-versa.
  • C surdos autistas e com TDHA e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa.
  • D surdos com outras deficiências e surdo-cegos por meio da Libras para a língua inglesa e vice-versa.
  • E surdos com outras deficiências e surdo-cegos por meio da Libras para as línguas de sinais indígenas e vice-versa.

Em relação ao trabalho do intérprete educacional de Libras no ensino fundamental II, com base no Decreto nº 5.626/2005, na Lei nº 12.319/2010 e no Código de Conduta e Ética (CCE) da Febrapils, é correto afirmar que uma de suas funções é

  • A substituir o professor regente da sala de aula em caso de ausência e ministrar aulas para todos os alunos da sala.
  • B realizar a interpretação simultânea da interação entre professor e aluno surdo, excetuando as interações entre alunos ouvintes e alunos surdos.
  • C auxiliar o professor na distribuição de atividades e na orientação da sala durante aulas que envolvam atividades em grupo.
  • D preparar os trabalhos dos alunos em horário extra da aula.
  • E realizar a interpretação simultânea das interações dos alunos surdos com professores, alunos ouvintes e quaisquer pessoas que não falem Libras.

Considere a seguinte situação hipotética: um profissional está atuando como intérprete de Libras em uma aula de CFC. O instrutor está dando a aula em língua portuguesa oral e o intérprete está interpretando simultaneamente para Libras. A classe é composta por alunos surdos e ouvintes. Em determinado momento da aula o instrutor chama o intérprete em um canto e pede que não intérprete o que ele dirá a seguir.
Neste contexto, considerando as obrigações profissionais, o Código de Conduta e Ética (CCE) da Federação Brasileira das Associações de Tradutores, Intérpretes e Guias-Intérpretes da Língua de Sinais (FEBRAPILS), a atitude mais adequada é:

  • A O intérprete deve acatar ao pedido do instrutor, não dizer nada aos alunos surdos e após o término da aula, comunicar à direção da autoescola o ocorrido.
  • B O intérprete deve acatar o pedido do instrutor, uma vez que ele é a autoridade máxima na sala e deseja se comunicar apenas com os alunos ouvintes por alguns instantes, o intérprete apenas precisa explicar o que está acontecendo para os alunos surdos.
  • C O intérprete deve informar ao instrutor que é sua obrigação interpretar tudo que é dito em português ou em Libras no ambiente e que é direito dos alunos surdos terem acesso à tudo que acontece na sala.
  • D O intérprete deve informar ao instrutor que não poderá acatar ao pedido e se retirar da sala de aula, assim o instrutor poderá dizer o que precisa sem a presença do intérprete na sala.
  • E O intérprete deve interpretar essa conversa e decidir o que fazer em seguida, após observar a reação dos alunos surdos presente.