Leia o texto abaixo:
Trecho da entrevista de Leila Diniz ao PASQUIM
SERGIO CABRAL. Qual é o autor com quem você gosta de trabalhar?
LEILA. Paulo José. Essa é mole de responder. TARSO DE CASTRO. Seu primeiro filme foi o do Domingos não foi?
LEILA. Todo mundo pensa que, de repente o Domingos botou essa mulherzinha lá pra trabalhar e foi a glória da vida. E realmente o Domingos foi a glória da vida, foi porreta paca fazer o filme. Mas antes eu fiz dois filmes: aquele alucinante “O mundo alegre de Helô” e um da Silvia Piñal, do Alcoriza. Um que fazia a empregadinha. Como é que chama? Do Luiz Alcoriza, aquele cara que foi assistente do Buñuel. O filme era uma (*) incrível. O nome era “Jogo Perigoso”. Tinha dois episódios e eu fazia um deles. Quando Domingos resolveu fazer “Todas As Mulheres do Mundo”, eu já estava existindo mais como atriz.
A entrevista de Leila Diniz ao jornal PASQUIM, em 1969, mudou os rumos desse gênero jornalístico no Brasil. Além de ser extensa, houve por bem respeitar a oralidade da conversa, inclusive, os palavrões, que foram substituídos por sinais gráficos.
Sobre esta entrevista, podemos classificá-la:
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A Caracteriza-se como entrevista em grupo (quanto aos entrevistados), do tipo entrevista de DECLARAÇÕES (o fato é o que importa), por tratar de assunto factual.
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B Classifica-se como entrevista coletiva, de personalidade, com texto corrido.
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C É uma longa entrevista, de personalidade (o destaque é a importância do próprio entrevistado), modelo pingue-pongue.
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D É entrevista de texto corrido. Quanto aos entrevistadores, é pessoal ou exclusiva.
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E Entrevista do tipo mista, ou seja, de declarações (o fato é o que importa) e de personalidade e modelo pergunta e resposta.