Questões de Linguagem e Pensamento (Filosofia)

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Em sua obra "O Ser e o Nada", o filósofo francês Jean Paul Sartre (1905 -1980) trata da condição humana, mais precisamente, da liberdade.
Para o referido filósofo, o homem, pela sua condição de ser homem, é ser livre e, portanto, ele, o homem, é fruto de sua liberdade porque, no seu dia a dia, escolhe as ações que fará. Dessa forma, a liberdade não é uma conquista humana, mas é uma condição da própria existência dele, do homem. Explica o filósofo que “Com efeito, sou um existente que aprende sua liberdade através de seus atos; mas sou também um existente cuja existência individual e única temporaliza-se como liberdade [...] Assim, minha liberdade está perpetuamente em questão em meu ser; não se trata de uma qualidade sobreposta ou uma propriedade de minha natureza; é bem precisamente a textura de meu ser.”
Jean-Paul Sartre. Ser e o Nada. (Adaptado)
De acordo com o referido filósofo, se somos livres, temos sempre de escolher.
Ao analisar essa premissa, como condição em uma sociedade capitalista, afirma-se que “Se você fracassa, as escolhas foram suas.”
Essa afirmação mais popular decorrente da premissa de Sartre está centrada no entendimento de que

  • A o Estado é que proporciona a capacitação para as escolhas.
  • B o capitalismo é que pode oferecer o trabalho remunerado.
  • C a formação familiar é limitante para a educação do filho bem-sucedido.
  • D a formação escolar é determinante para as escolhas de um sujeito.
  • E o próprio indivíduo é que escolhe seu percurso de projeto de vida.

Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.


Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na

  • A convicção inata.
  • B dimensão apriorística.
  • C elaboração do intelecto.
  • D percepção dos sentidos.
  • E realidade trascendental.

Assinale a alternativa que apresenta o fundamento da teoria crítica da sociedade elaborada por Habermas em sua obra Teoria do agir comunicativo.

  • A A semântica linguística;
  • B A crítica da razão instrumental;
  • C A ética do discurso;
  • D A pragmática linguística;
  • E A subjetividade comunicativa.

TEXTO I


A melhor banda de todos os tempos da última semana

O melhor disco brasileiro de música americana

O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado

O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos

Não importa contradição

O que importa é televisão

Dizem que não há nada que você não se acostume

Cala a boca e aumenta o volume então.

MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).


TEXTO II


O fetichismo na música e a regressão da audição


Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia perguntar: para quem a música de entretenimento serve ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece que tal música contribui ainda mais para o emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de comunicação.

ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.


A aproximação entre a letra da canção e a crítica de Adorno indica o(a)

  • Certo
  • Errado

Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume

  • A defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.
  • B entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.
  • C são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
  • D concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.
  • E atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.