Questões de Noções de Guia-interpretação - formas de comunicação e técnicas de interpretação (Libras)

Limpar Busca
Dentro do processo de tradução e interpretação em língua de sinais, podemos encontrar diversos tipos de tradução e/ou interpretação, tais como: intralingual; interlingual; intersemiótica; simultânea; consecutiva, entre outras. Com base em seus conhecimentos sobre essa temática, marque a alternativa que descreve a ação do TILS na tradução/interpretação SIMULTÂNEA:
  • A O TILS interpreta os signos verbais por meio de outros signos da mesma língua, independentemente de sua relevância cultural ou estética.
  • B O TILS interpreta de uma língua para outra, ou seja, ele ouve/vê o enunciado em uma língua (língua fonte), processa a informação e, posteriormente, faz a passagem para a outra língua (língua alvo).
  • C O TILS interpreta de uma língua para outra ao mesmo tempo. Isso significa que o tradutor-intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação.
  • D O TILS interpreta os signos verbais por meio dos sistemas de signos não verbais, ou seja, por meio da tecnologia.
  • E O TILS interpreta de uma língua estrangeira para outra língua estrangeira. Como por exemplo: da Língua de Sinais Americana (ASL) para a Língua de Sinais Francesa (LSF).

Os códigos de ética do profissional intérprete mais recentes apresentam visões de “fidelidade” (APILRJ), “equivalência linguística e extralinguística” (AGILS) e “equivalência de sentido” (FEBRAPILS), nos quais já se fazem ecoar, mesmo que de maneira tênue e instável, os mais recentes desdobramentos das teorias de linguagem e tradução contemporâneas.
Neste sentido, tais códigos:

  • A Discutem e relativizam a fidelidade, introduzindo questões como contextualização, função da tradução, características do público-alvo e questões culturais
  • B Entendem a “fidelidade” como a característica principal do tradutor intérprete, de tal forma que, quando o intérprete não é fiel à mensagem que está sendo passada de maneira literal, isto se configura como um desserviço à comunidade surda
  • C Encaram a fidelidade com um conceito ultrapassado, já que o intérprete, principalmente o intérprete educacional, tem autonomia para fazer escolhas que tornem a interpretação clara, mesmo que isto se distancie demasiadamente do texto fonte
  • D Tratam a questão da fidelidade como relativo a cada intérprete. Desta forma, há intérprete que encaram a fidelidade como algo substancial, enquanto que há intérpretes que não levam em conta a fidelidade no momento da interpretação. O intérprete, portanto, deve ter autonomia para se guiar pelos seus próprios posicionamentos
  • E Chegam à conclusão de que a fidelidade é inalcançável, portanto, não deve ser levada em conta no momento da tradução

As políticas linguísticas ainda acreditam no caráter instrumental da língua de sinais brasileira na educação de surdos. As línguas que fazem parte da vida dos surdos na sociedade apresentam papéis e representações diferenciadas caracterizando uma forma bilíngue de ser. O fato dos surdos adquirirem a língua de sinais como uma língua nativa fora do berço familiar com o povo surdo, demanda à escola um papel que outrora fora desconhecido. Já se reconhece que a língua de sinais é a primeira língua, que a língua portuguesa é uma segunda língua, já se sabe da riqueza cultural que o povo surdo traz com suas experiências sociais, culturais e científicas. Neste momento pós-colonialista, a situação bilíngue dos surdos está posta, no entanto, os espaços de negociação ainda precisam ser instaurados.
Observe as alternativas e marque a alternativa correta:

  • A O termo “pós-colonialista” no texto refere-se ao período e o Brasil se torna independente de Portugal, que coincide com a fundação do INES (Instituto Nacional de Educação e Surdez)
  • B Muito já se conquistou através das políticas linguísticas em torno da Libras, mas ainda há muito que pleitear, como por exemplo, assumir a Libras como primeira língua e o português como segunda língua para o surdo
  • C Podemos destacar como riqueza cultural do povo surdo evidenciado a partir das políticas linguísticas, as inúmeras interpretações para a Libras, de músicas amplamente conhecidas pela comunidade ouvinte, o que representa um ganho significativo para o povo surdo
  • D A situação atual gera a necessidade de instauração destes espaços de negociação, uma vez que ainda há uma hierarquia entre a língua portuguesa e as demais, em que muitas vezes, a comunidade surda não participa ativamente desta “negociação”
  • E Os “espaços de negociação” mencionados no texto fazem menção à ausência do povo surdo nas políticas econômicas do país. Há, portanto, uma necessidade latente da instauração destes espaços

Além de interpretar as mensagens produzidas pela pessoa com surdocegueira ao sistema de comunicação utilizado por seu interlocutor e vice-versa, é função do guia-intérprete

  • A proporcionar a informação objetiva tanto do meio físico como interpessoal para uma adequada compreensão das situações e mensagens por parte da pessoa com surdocegueira.
  • B tomar iniciativa de estabelecer contato com possível interlocutor da pessoa surdocega, comunicando-lhe em seguida sobre sua decisão.
  • C ajudar a pessoa surdocega na tomada de decisões sobre sua vida pessoal, acadêmica e profissional, pesando sempre as decisões com base na realidade político-religiosa dele.
  • D assumir a responsabilidade pelo processo de aprendizagem do sujeito surdocego, consultando os docentes das disciplinas sempre que necessário.

Sobre o Guia-interprete é correto afirmar:

  • A Ele tem como papel fundamental de compreender a mensagem em uma língua, extraindo o sentido através do conteúdo linguístico e contextualizar o sentido na mesma língua.
  • B O guia-intérprete é o profissional que domina diversas formas de comunicação utilizadas pelas pessoas com surdocegueira, podendo fazer interpretação ou transferência.
  • C O guia-intérprete realiza tradução quando recebe a mensagem em uma língua e deve transmiti-la em outra língua, por exemplo, o guia-intérprete ouve a mensagem em língua portuguesa e transmite em tadoma.
  • D É o profissional que serve de canal de comunicação (audiovisual) entre o Surdocego e o meio no qual ela está interagindo.