Questões de Pensamentos políticos: Liberalismo (Filosofia)

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Leia atentamente o seguinte trecho da obra de Maquiavel (1469-1527) acerca da liberdade republicana.
“Direi que quem condena os conflitos entre os nobres e a plebe [povo] parece criticar as coisas que foram a primeira causa da liberdade de Roma e leva mais em consideração as confusões entre as pessoas e o falatório sobre tais conflitos do que os bons efeitos que eles geravam; e não consideram que em toda república há dois humores (estados de espírito, temperamentos) diferentes, o do povo, e o dos grandes, dos nobres, e que todas as leis que se fazem em favor da liberdade nascem do conflito deles, como facilmente se pode ver que ocorreu em Roma.” 
MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. São Paulo: Martins Fontes, 2007. (Texto adaptado).
Com base no trecho anterior, é correto afirmar que, para Maquiavel, 

  • A os conflitos entre os nobres e o povo são prejudiciais à liberdade da República Romana.
  • B os conflitos sociais entre o povo e os nobres são a causa da liberdade republicana.
  • C a liberdade é fruto de uma concessão feita pelo príncipe tirano ao povo e aos nobres.
  • D a questão da liberdade é fruto de uma dinâmica harmoniosa entre os nobres e o povo.

“Ser tolerante com o intolerável eticamente” é uma máxima própria do cidadão

  • A socialista libertário.
  • B liberal nazista.
  • C cristão convertido.
  • D evangélico fervoroso.

Numa decisão para lá de polêmica, o juiz federal Eu- gênio Rosa de Araújo, da 17.ª Vara Federal do Rio, indeferiu pedido do Ministério Público para que fossem retirados da rede vídeos tidos como ofensivos à umbanda e ao candomblé. No despacho, o magistrado afirmou que esses sistemas de crenças “não contêm os traços necessários de uma religião" por não terem um texto-base, uma estrutura hierárquica nem “um Deus a ser venerado". Para mim, esse é um belo caso de conclusão certa pelas razões erradas. Creio que o juiz agiu bem ao não censurar os filmes, mas meteu os pés pelas mãos ao justificar a decisão. Ao contrário do Ministério Público, não penso que vreligiões devam ser imunes à crítica. Se algum evangélico julga que o candomblé está associado ao diabo, deve ter a liberdade de dizê-lo. Como não podemos nem sequer estabelecer se Deus e o demônio existem, o mais lógico é que prevaleça a liberdade de dizer qualquer coisa.

(Hélio Schwartsman. “O candomblé e o tinhoso". Folha de S.Paulo, 20.05.2014. Adaptado.)

O núcleo filosófico da argumentação do autor do texto é de natureza

  • A liberal.
  • B marxista.
  • C totalitária.
  • D teológica.
  • E anarquista.