Dados estatísticos mostram uma maior letalidade de jovens negros no Brasil.
“Dados apresentados desde o primeiro Mapa da Violência no Brasil, de 1998, mostram a mesma realidade dos dias de hoje: o massacre dos jovens negros da periferia... Para o país como um todo, enquanto o número de homicídios de jovens brancos ‘cai 33%, o de jovens negros cresce 23,4%, ampliando ainda mais a brecha histórica pré-existente.’” (WAISELFISZ, 2012 apud GUERRA).
Dentre as premissas para explicar o fenômeno da letalidade juvenil, na perspectiva de análise de sua dimensão subjetiva, apontadas por Guerra (2015), é incorreto afirmar:
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A O jovem busca afirmar o valor da vida verdadeira com suas condutas de risco; a de que visa a recobrir politicamente sua presença na cidade.
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B Os jovens respondem aos hiatos transgeracionais fazendo de seu sintoma um sintoma social. Assim, em sua experiência de corpo, são atravessados pela busca de sua própria verdade, que se revelaria num modo de saber viver.
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C Os jovens marcam sua presença na cena da cidade baseada no tripé revolta-vingança-morte, em uma relação de traição, suspeita e descrença na lei jurídica e no Outro social, e assim cumprem uma espécie de destino social marcado pelo que eles cunharam como os três “Cs”: cadeia, caixão ou cadeira de rodas.
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D O jovem marca sua presença social com a afirmação de sua autoestima por meio do trabalho, ainda que com baixa remuneração, implicando-se em suas escolhas de vida e se responsabilizando pelos seus atos.