O rápido processo de industrialização pelo qual o Brasil passou nos anos [...] 1950, sobretudo no governo JK, ampliou desequilíbrios de ordem econômica e gerou outros, aprofundando desigualdades regionais e setoriais. [...] as diferenças de renda per capita entre as regiões do país, que já eram altas, aumentaram. Os desequilíbrios regionais também continuaram pronunciados. A industrialização ficou concentrada no Sudeste, e em menor escala, na região Sul do país, enquanto o Nordeste recebia muito pouco estímulo deste processo, ficando cada vez mais para trás em desenvolvimento industrial, com relação ao resto da nação.
(IANNI, Octávio. 2002.)
Considerado um dos governos democráticos de cunho populista, a “Era JK” efetivamente promoveu a modernização e um significativo crescimento da economia. Para tentar cumprir suas promessas de campanha, JK, como ficou conhecido, optou por uma política econômica baseada no desenvolvimento industrial que, dentre outros fatores
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A solidificou a expansão do chamado “pleno emprego” que contribuiu para uma divisão mais equitativa da população brasileira.
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B possibilitou um desenvolvimento até então nunca visto da indústria nacional, garantindo sua sincrética autonomia em relação ao capital estrangeiro.
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C permitiu que se desenvolvesse no Brasil uma mentalidade anarcossindicalista que, a partir desse momento, passa a influenciar a luta proletária no Brasil.
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D garantiu para milhões de nordestinos e nortistas, em específico, novas oportunidades de emprego em suas regiões, evitando o êxodo rural que as caracterizava anteriormente.
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E Contribuiu de certa forma para aumentar as desigualdades sociais e, também, por uma questão de falta de distribuição de investimentos, para o aumento das desigualdades regionais no país.