Questões da Prova do Ministério Público do Estado do Ceará (MPE-CE) - Analista Jurídico - FCC (2013)

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O primeiro e o segundo parágrafos destacam, respectivamente, as seguintes características do “cego de Ipanema”:

  • A a segurança com que improvisa um novo trajeto e a sensação de júbilo que sente ao contato com formas que desconhece.
  • B a extrema cautela na avaliação do espaço e a capacidade de precisar as peças de um carro que ele apalpa.
  • C a natural insegurança de quem caminha pela cidade e a imaginação com que vai avaliando as formas de um carro.
  • D o apurado senso de orientação no espaço delineado e a capacidade de se deleitar com a sensação tátil das formas.
  • E o ritmo titubeante das passadas e a capacidade de reconhecer com as mãos as formas de um automóvel.

Atente para as seguintes afirmações: I. A assertiva Sua sobrevivência é um cálculo (1o parágrafo), referida ao homem cego, justifica-se pelas expressões que imediatamente a antecedem, entre elas improvisação constante. II. No 1o parágrafo, o autor do texto estabelece uma relação entre as capacidades desenvolvidas pelos homens cegos e a autossuficiência com que parecem explorar os caminhos da vida. III. Testemunhando um momento particular de mansidão e ternura (2o parágrafo), o autor equipara um prazer possível ao cego e o desfrute visual de formas naturais. Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE em

  • A II e III.
  • B I e II.
  • C III.
  • D II.
  • E I.

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

  • A O que admirou o autor, na cena quando o cego reconhece as formas do carro, é que dava a impressão de que ele podia ver muito bem as paisagens magní ficas que normalmente lhe negam.
  • B Expressões como vasto diagrama e mundo geométrico devem de ser atribuídas ao cego em virtude dele caminhar com segurança em espaços cujo do mínio ele se assegura.
  • C O vocabulário usual da geometria, no primeiro parágrafo, aplica-se ao modo preciso e calculado pelo qual um homem cego se orienta no espaço por onde caminha.
  • D A cabeça erguida e a bengala batendo compassada no chão indiciam que o cego caminha sem hesitar aonde ele sabe que as formas se interpretam tão bem como se fossem visíveis.
  • E Parece-nos advertir o autor do texto que as pessoas que enxergam são por vezes tomadas por aflições em cujas os cegos não se deixam assaltar, por seus trejeitos seguros.

Os verbos indicados entre parênteses deverão flexionar-se no PLURAL para preencherem de modo correto as lacunas da frase:

  • A Ao esfuziante cadillac qualquer um de nós ...... (render) todas as homenagens, crianças que éramos, extasiadas diante dos encantos que ...... (reunir) para nós aquela máquina fantástica.
  • B É preciso que não se ...... (atribuir) a um cego deficiências que ele de fato não tem, em virtude da otimização dos outros sentidos, que nele se ...... (desenvolver) de modo excepcional.
  • C Os obstáculos que normalmente ...... (oferecer ) aos transeuntes uma rua atribulada ...... (enfrentar)-os um cego com toda a galhardia.
  • D Não ...... (dizer) respeito às pessoas que têm vista perfeita a avaliação de normas de segurança cuja proposição ...... (caber), sobretudo, aos cegos ou aos especialistas.
  • E No texto, ...... (suplantar) os limites de um deficiente visual a cegueira de quem não se ...... (valer) dos olhos para distinguir melhor as coisas.

Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

  • A O cego tocava elementos do carro como quem aprecie uma bela paisagem, uma bela mulher, como quem esteja sucumbindo diante de uma beleza inexcedível.
  • B Todos nós saberíamos andar com mais segurança pela movimentada cidade caso desenvolvamos um senso de percepção espacial tão apurado como o dos cegos.
  • C As ruas da cidade virão a ser familiares para aqueles que, mesmo não as enxergando, souberem esquematizá-las mentalmente, como quem elabora uma íntima cartografia.
  • D O cego não poderia caminhar com tanta desenvoltura caso a cidade não seja inteiramente esquematizada na cabeça, para só então tê-la explorado sem qualquer hesitação.
  • E Enquanto o rapaz limpava o cadillac, o cego de Ipanema, com gestos seguros e delicados, percorrera as formas do veículo como se o reconhecendo naquele exato momento.