L.A.S., sexo feminino, estudante de 17 anos, procura consulta médica queixando-se “estar incomodada com pensamentos sobre limpeza de mesa de estudo e da cozinha”. Mesmo após ter limpado tudo, ainda fica pensando em voltar a limpar algo que possa ter ficado sujo. Percebe um exagero em seu comportamento de limpeza, mas não consegue evitar esses pensamentos e comportamentos e que estes têm tomado, cada vez mais, seu tempo e energia. Ademais essa “mania de limpeza” gera reclamações de seus familiares e vem dificultando sair com suas amigas. Refere sempre ser uma pessoa “organizada”, mas que desde o seu ingresso no Instituto Federal e a morte acidental de seu pai, há dois anos, essa característica tem se acentuado. Relutou muito em procurar essa consulta, com receio de o médico achar “maluquice” e não valorizar o seu problema, mas mudou de ideia após conversar com o serviço de escuta do estudante de sua instituição.
A conduta médica correta para o caso é
- A diagnosticar e iniciar tratamento com psicofármaco para ansiedade.
- B contra-referenciar L.A.S. ao serviço de escuta acadêmica para psicoterapia.
- C encaminhar L.A.S. diretamente para acompanhamento pelo psicólogo do Núcleo de Apoio à Saúde da Família do município.
- D esclarecer e orientar L.A.S. sobre seu sofrimento mental e agendar retorno em 90 dias, para que haja confirmação diagnóstica e sejam instituídas as condutas apropriadas.
- E abordar a família, esclarecer que a hipótese diagnóstica de transtorno obsessivo-compulsivo “é de toda a família” e discutir o caso ou programar uma consulta conjunta com psiquiatra.