Questões de Concursos da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte (PC-RN)

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Sensível à necessidade de zelar pela probidade administrativa, a Assembleia Legislativa do Estado Alfa promulgou a Emenda Constitucional nº XX/2019, de iniciativa parlamentar, dispondo sobre as infrações político-administrativas passíveis de serem praticadas pelo Governador do Estado, as quais poderiam acarretar, na hipótese de condenação, a perda do mandato eletivo e a inabilitação para o exercício de outra função pública.

A Emenda Constitucional nº XX/2019 é:

  • A formalmente inconstitucional, pois a matéria deve ser disciplinada em lei ordinária estadual, de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo;
  • B formalmente inconstitucional, pois a matéria só pode ser disciplinada pela Constituição da República de 1988, não pela legislação infraconstitucional;
  • C formal e materialmente constitucional, considerando o disposto na Constituição da República de 1988 e o princípio da simetria;
  • D materialmente inconstitucional apenas em relação à sanção de inabilitação, que não pode ser cominada;
  • E formalmente inconstitucional, pois a matéria é de competência legislativa privativa da União.

Em um órgão público, um funcionário assumiu a gerência da área em que trabalhava há oito anos. A promoção foi muito bem aceita pelos demais membros da equipe, que reconheceram o mérito do novo gerente. A equipe desempenha tarefas estruturadas e trabalha com metas bem definidas. O novo gerente terá autonomia para recompensar o bom desempenho dos subordinados, bem como solicitar substituições de funcionários que não apresentem bons resultados.
Na situação descrita, pela teoria da liderança contingencial de Fiedler, o estilo de liderança mais eficaz será o:

  • A persuasivo;
  • B transformacional;
  • C diretivo;
  • D orientado para o relacionamento;
  • E orientado para a tarefa.
Com o objetivo de atender aos anseios da população e à impostergável necessidade de se conferir maior celeridade ao processo e julgamento dos crimes de racismo, o Presidente da República, no início da sessão legislativa, editou a Medida Provisória nº XX. Apreciada por uma comissão mista de deputados e senadores, recebeu parecer desfavorável. Iniciada a sua votação no Senado Federal, foi aprovada sem modificações, o mesmo ocorrendo na Câmara dos Deputados. Ato contínuo, foi encaminhada ao Presidente da República, que a sancionou e promulgou, daí seguindo a publicação. Esse iter procedimental foi concluído em sessenta dias.
A narrativa acima somente se mostra incompatível com a ordem constitucional em relação:
  • A à edição da medida provisória no início da sessão legislativa, à apreciação por uma comissão mista e ao tempo de conclusão do iter procedimental;
  • B à aprovação da proposição após o parecer desfavorável da comissão e à participação final do Presidente da República;
  • C à matéria tratada na medida provisória, à Casa iniciadora da votação e à participação final do Presidente da República;
  • D à apreciação por uma comissão mista, à Casa iniciadora da votação e ao tempo de conclusão do iter procedimental;
  • E à matéria tratada na medida provisória e ao tempo de conclusão do iter procedimental.
Maria, servidora pública estadual, durante o expediente, dirigiu-se ao setor de protocolo da repartição em que atuava e ali deixou um pacote a ser remetido ao destinatário pelo serviço de envio postal da Administração Pública. Em razão das características do pacote e do receio de que contivesse alguma substância ilícita, foi travada intensa discussão entre os servidores que ali atuam sobre a possibilidade, ou não, de procederem à sua abertura.
À luz da sistemática constitucional, os servidores concluíram corretamente que:
  • A poderiam abrir o pacote, pois o sigilo da correspondência não pode legitimar práticas ilícitas, e qualquer do povo pode impedir a sua consumação;
  • B somente poderiam abrir o pacote, contra a vontade do remetente, mediante autorização judicial, considerando o sigilo da correspondência;
  • C somente poderiam abrir o pacote, contra a vontade do remetente, mediante autorização judicial ou nas hipóteses previstas em lei;
  • D somente poderiam abrir o pacote na presença do remetente e com a prévia obtenção do seu consentimento expresso;
  • E não poderiam abrir o pacote, considerando a fundamentalidade do sigilo da correspondência.
Maria, advogada de João, compareceu à Delegacia de Polícia da Circunscrição XX, e requereu vista do Inquérito Policial nº 123, no qual seu cliente figurava como um dos investigados. O requerimento foi negado pelo delegado de polícia sob o argumento de que a investigação dizia respeito a uma perigosa organização criminosa, o que levou à decretação do sigilo,para que fosse assegurado o êxito das investigações.
A decisão está:
  • A incorreta, pois deveria ser assegurado o direito de acesso aos elementos já documentados, associados ao direito de defesa;
  • B correta, pois, no caso concreto, a ponderação dos valores envolvidos conduz à preponderância do interesse público;
  • C correta, desde que a decretação do sigilo tenha sido devidamente fundamentada;
  • D incorreta, pois o sigilo do inquérito policial é incompatível com o princípio republicano;
  • E incorreta, pois o sigilo do inquérito policial não é oponível a nenhum advogado.