Questões da Prova do Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO) - Advogado - FCC (2011)

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O autor do texto levanta a seguinte hipótese para justificar o modo pelo qual personagens como o lenhador são anônimos em muitas histórias: eles seriam vistos como responsáveis por
  • A uma escolha pessoal e independente, que não deixa de afrontar uma instância superior já estabelecida.
  • B atos de subversão e anarquia, dado que, para atender a vontade dos deuses, ignoram a dos homens.
  • C decisões éticas basicamente preocupadas em conciliar a justiça terrena e a vontade divina.
  • D uma escolha irracional, justificável pela precária condição cultural que os caracteriza.
  • E uma reação de tal modo imprevisível que impossibilita uma sequência lógica de eventos
Deve-se deduzir do texto que a razão pela qual os arquétipos não precisam de nome é que
  • A seu papel, tal como o do lenhador, já está estabelecido pelo Destino.
  • B sua importância, como a do lenhador, é casual, servindo para acentuar o realismo da narrativa.
  • C sua significação, tal como a do Príncipe Encantado, já está estabelecida pela tradição das histórias.
  • D sua função, tal como a da imprensa, é oscilar entre a necessidade pública e o interesse privado.
  • E sua relevância, tal como a da rainha má, está em representar uma rápida indecisão.

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um elemento do texto em:

  • A dividida entre as necessidades (1º parágrafo) = açodada pelos desejos.
  • B de bajular o poder e de refletir a realidade (1º parágrafo) = de cortejar a instância superior e obliterar o real.
  • C Toda a história depende da compaixão (2º parágrafo) = toda a narrativa suscita um compadecimento.
  • D É um símbolo reincidente (2º parágrafo) = simboliza uma reiteração.
  • E só entra na trama para fazer uma escolha (2 º parágrafo) = não participa do enredo senão para assumir uma opção.
As normas de concordância verbal estão plenamente contempladas na frase:
  • A Sempre poderá ocorrer, num espelho mágico ou na nossa imprensa, hesitações entre adular o poderoso e refletir a realidade.
  • B Assim como o lenhador, outros personagens há, nas histórias de fadas, cujo modesto desempenho acarretam efeitos decisivos para a trama.
  • C Reservam-se a personagens como o Príncipe Encantado, símbolos reincidentes dessas histórias, uma função das mais previsíveis.
  • D O autor sugere que, na história da humanidade, exercem papéis da maior relevância quem acaba permanecendo no anonimato.
  • E Entre as virtudes do lenhador consta, não restam quaisquer dúvidas, a da compaixão, sem falar na coragem de sua escolha.
É preciso corrigir a má estruturação da seguinte frase:
  • A O generoso lenhador praticamente não hesitou entre cumprir uma ordem cruel ou, num impulso de compaixão, desobedecê-la.
  • B Embora sua escolha tendo sido decisiva para a trama, o anonimato do lenhador é intrigante, comparado a outros papéis.
  • C É muito comum surgirem personagens arquetípicos nos contos de fadas, tais como os príncipes encantados ou as rainhas más.
  • D A compaixão pode ser humildemente anônima, sugere o autor, ao passo que as qualidades dos poderosos surgem com um brilho ostensivo.
  • E Caso fosse o lenhador um homem submisso, outra história seria narrada, em nada lembrando nossa conhecida "Branca de Neve".