Questões da Prova do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) - Técnico Administrativo - NCE-UFRJ (2007)

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O texto I defende a tese de que:

  • A nunca é cedo demais para começar a aproveitar os prazeres do hábito de viajar;
  • B viagens devem ser bem planejadas para evitar problemas e prejuízos futuros;
  • C acalentar desejo de viajar constantemente pode revelar descaso pelo trabalho;
  • D planejar uma viagem pode estender o prazer advindo da mesma;
  • E viajar durante o Carnaval é especialmente prazeroso e compensador.

A partir do quarto parágrafo o autor se vale do imperativo para construir os últimos argumentos de sua estratégia de "convencimento do leitor", mas o texto como um todo mostra coerência na forma de tratamento em terceira pessoa do singular porque, além dos verbos no imperativo, emprega pronomes:

  • A oblíquos, pessoais de tratamento e possessivos;
  • B indefinidos, oblíquos e pessoais de tratamento;
  • C pessoais de tratamento, possessivos e relativos;
  • D possessivos, relativos e indefinidos;
  • E relativos, indefinidos e oblíquos.

Quanto ao emprego do modo imperativo em várias passagens do texto, pode-se interpretá-lo como um recurso usado pelo autor para:

  • A impor ao leitor seus pontos de vista;
  • B conferir ao texto um caráter de roteiro;
  • C reiterar a importância do ato de planejar;
  • D alertar o leitor para o risco da depressão;
  • E emprestar ao texto um traço de humor.

"Não, não é cedo demais" (l. 6). O uso duplo da palavra negativa nesse trecho tem a finalidade de:

  • A responder de modo peremptório a uma pergunta anteriormente expressa;
  • B contradizer um argumento levantado pelo próprio autor;
  • C reforçar o tom de diálogo com o leitor, já introduzido no texto;
  • D negar uma opinião contrária expressa na frase anterior;
  • E chamar a atenção do leitor para o caráter ambíguo do que é dito.

Essa frase que começa com a dupla negativa se relaciona com a frase nominal seguinte, a única do primeiro parágrafo. Quanto ao emprego do ponto que as separa, podese dizer que sua presença configura:

  • A uma prática viciosa, pois os dois trechos deveriam ter sido escritos numa única frase tendo em vista o fato de haver uma correlação sintática;
  • B uma opção redacional, que se baseia no fato de o uso do ponto marcar uma pausa potencial enfática, mais prolongada do que a da vírgula;
  • C uma obrigatoriedade no uso do ponto simples, conquanto a segunda frase de fato se refira sintática e semanticamente à primeira;
  • D um recurso de estilo próprio do jargão jornalístico, que leva em conta a supremacia do fato referencial sobre a argumentatividade;
  • E uma intervenção retórica do redator na estrutura sintática do parágrafo para reduzir a dimensão das frases e privilegiar o fato jornalístico.