Questões da Prova da Procuradoria Geral do Estado do Mato Grosso (PGE-MT) - Analista - FCC (2016)

Limpar Busca

A resolução de efetivamente “colocar-se no lugar do outro” constitui,

  • A por vezes, uma demonstração de fragilidade que pode ser estrategicamente adequada em determinadas situações.
  • B quase sempre, uma abdicação da própria razão, em virtude da superioridade da razão alheia.
  • C a princípio, a disposição real de levar em conta o argumento alheio, sem predisposição negativa.
  • D em princípio, a desconfiança de que nossas convicções são na verdade frágeis, e é preciso reformulá-las.
  • E frequentemente, uma iniciativa necessária para aquele que precisa confirmar a fragilidade da posição alheia.

Quanto ao sentido que constituem no primeiro parágrafo do texto, há uma relação de oposição entre estes dois segmentos:

  • A clichê da boa conduta / fórmula desse pré-requisito
  • B bem discernir um ponto de vista / “colocar-se no lugar do outro”
  • C prática efetivamente assumida. / bem discernir um ponto de vista alheio
  • D se contraporem ideias / posições já cristalizadas.
  • E não há propriamente confronto: / cada um olha apenas para si mesmo.

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

  • A um clichê da boa conduta (1º parágrafo) / um efetivo padrão da prática
  • B a fórmula desse pré-requisito (1º parágrafo) / a solução desse preâmbulo
  • C por que não abdicar deles (2º parágrafo) / há razão para contestá-los
  • D acolher a verdade (2º parágrafo) / ir de encontro à razão
  • E pensamento disposto à crise (2º parágrafo) / ideia capaz de contestar-se

É preciso corrigir a redação confusa e incorreta deste livre comentário sobre o texto:

  • A O fato de aceitarmos um debate deveria significar que estamos efetivamente dispostos a considerar as razões do outro.
  • B As razões do outro não devem de ser desconsideradas caso lhes julguemos mais frágeis do que supomos ser as nossas próprias ideias.
  • C Não é prova de fraqueza ou de inferioridade aceitar uma argumentação efetivamente mais consistente do que a nossa.
  • D A força de nossa argumentação só pode ser comprovada caso se disponha a um confronto verdadeiro com os argumentos do nosso contendor.
  • E Não há por que não abdicar de nossos argumentos se estes se revelarem mais frágeis do que os utilizados pelo outro num honesto debate.

Quanto à concordância e à articulação entre tempos e modos, está plenamente correto o emprego das formas verbais na frase:

  • A Por que haveria de ser uma humilhação caso ficarem demonstradas toda a fragilidade das ideias que supúnhamos fortes?
  • B Ao assumirmos que são aceitáveis, nas ideias em debate, a argumentação alheia, não haveria por que não as acolhêssemos.
  • C É quando entra em crise que nossos argumentos deveriam mostrar-se fortes, aproveitando a oportunidade para virem a se fortalecer.
  • D Somente seriam inaceitáveis as razões do outro caso lhes faltasse consistência no desenvolvimento da argumentação.
  • E Supõe-se que a palavra confronto, ao indicar enfrentamento, devesse indicar um posicionamento que acatariam cada um dos contendores.