Questões da Prova da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM-SP) - Aspirante da Polícia Militar - VUNESP (2017)

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O período de 1603 a 1714 foi talvez o período mais decisivo na história da Inglaterra. Durante o século XVII, uma sociedade e um Estado inglês modernos começaram a tomar forma, e a posição da Inglaterra perante o mundo se modificou. A Inglaterra de 1603 era uma potência de segunda classe; a Grã-Bretanha de 1714 era a maior potência mundial.

(Christopher Hill, O Século das Revoluções (1603-1714). Adaptado)


O que marcou tão profunda transformação

  • A foi a Revolução Industrial, caracterizada pela utilização da máquina a vapor, que transformou a Inglaterra na primeira nação industrializada, onde se constituiu o sistema fabril e teve origem a classe operária.
  • B foram os processos de encolhimento do mundo e encurtamento de distâncias, que ocorreram devido à disseminação na Inglaterra das tecnologias de transporte ferroviário e comunicação por telégrafo.
  • C foi a circulação de ideias liberais no campo da economia, formuladas por Adam Smith, inaugurando o processo de formação da propriedade privada e transformação da terra em mercadoria na Inglaterra.
  • D foram as Revoluções Puritana e Gloriosa, que colocaram a Inglaterra na rota do governo parlamentarista, do avanço econômico, da política externa imperialista, da tolerância religiosa e do progresso científico.
  • E foi a revolução no transporte marítimo, ocorrida a partir da incorporação dos motores a combustão, que permitiram à Inglaterra desenvolver a sua marinha mercante e ampliar o contato com outros continentes.

Observe o mapa a seguir.


                           Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Esse mapa, conhecido pelo nome de “Mapa Cor de Rosa”, coloca em destaque uma área da África Meridional. Tal mapa foi produzido com o objetivo de representar

  • A os territórios coloniais dominados por Portugal no continente africano ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, em meio ao processo de colonização da América, com o objetivo de garantir o fluxo contínuo de negros escravizados para os engenhos de cana-de-açúcar e para as minas de ouro na América portuguesa.
  • B as aspirações portuguesas para ocupação e colonização de territórios africanos entre Angola e Moçambique, ligando os oceanos Atlântico e Índico, o que entrava em choque com as pretensões da Inglaterra de construir uma estrada de ferro entre as cidades do Cairo, no Egito, e do Cabo, na África do Sul.
  • C as possessões neocoloniais portuguesas, conquistadas especialmente no século XIX, devido à corrida imperialista e ao processo de interiorização da ocupação europeia na África, o que culminou com a Conferência de Berlim, que reconheceu a legitimidade das conquistas portuguesas no continente africano.
  • D a extensão do império colonial português exaltado pela ditadura salazarista no século XX, o que contribuiu para que a oposição a Salazar em Portugal fosse solidária às lutas anticoloniais travadas na África, que culminaram nos processos de independência de Angola e Moçambique e na Revolução dos Cravos.
  • E os interesses expansionistas portugueses, coincidentes com a época de circunavegação do continente africano, em que Portugal pretendia buscar rotas alternativas para o Oriente em busca do comércio de especiarias, seda e porcelana, produtos altamente valorizados na Europa.

Observe a imagem a seguir.


                                Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


O Padre Antônio Vieira fez parte do esforço missionário jesuíta na América, que via a catequese como fundamental em um contexto de

  • A ampliação das atividades econômicas agroexportadoras na América portuguesa, o que tornou a cristianização de povos indígenas parte fundamental na arregimentação de mão de obra escravizada para o trabalho nos engenhos coloniais.
  • B intensificação do processo de interiorização da presença portuguesa na América do Sul, o que fortaleceu a aliança entre jesuítas e bandeirantes, com o objetivo de dominarem os nativos e ampliarem as possessões portuguesas no continente.
  • C refluxo da Igreja Católica na Europa por conta das Reformas protestantes, o que levou alguns jesuítas a se aproximarem das línguas nativas para cristianizarem os ameríndios com o objetivo de conquistar novos fiéis para a Igreja.
  • D aprofundamento das disputas e conflitos entre a Coroa Portuguesa e os jesuítas, o que resultaria, poucos anos depois, na expulsão da Companhia de Jesus da América devido aos enclaves autônomos das missões no continente.
  • E disputa entre as Coroas Espanhola e Portuguesa pelas terras da América do Sul, de tal forma que os jesuítas constituíram-se como aliados estratégicos dos portugueses na ampliação dos seus domínios territoriais coloniais.

Observe a imagem a seguir.


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A obra de Victor Meirelles, realizada à época do Império de D. Pedro II, tem o seu contexto de produção associado à dedicação de vários membros da Academia Imperial de Belas Artes à representação de momentos importantes da política e da história nacional, com vistas a desenvolver um sentimento ufanista. Essa obra busca representar o descobrimento

  • A como um encontro pacífico e ordenado de raças, com a Igreja e o Estado ao centro e os indígenas curiosos e passivos, de forma a silenciar sobre os conflitos do passado e do presente, tais como a invasão e o genocídio indígena do século XVI e a escravidão negra do século XIX.
  • B de maneira apologética, de forma a conferir legitimidade à presença portuguesa na América, com o objetivo de justificar, em pleno século XIX, a guerra levada adiante pelo Brasil contra o Paraguai, evidenciando a pretensão brasileira de se constituir como potência hegemônica no Cone Sul.
  • C como uma projeção pretérita da importância das elites de grandes proprietários do século XIX, ressaltando, com isso, o projeto dessas oligarquias em relação à derrubada da monarquia e ao estabelecimento de uma República que contemplasse os interesses das várias regiões do país.
  • D de modo laudatório, ressaltando o papel essencial da Igreja e dos bandeirantes no processo de colonização do Brasil, o que ensejaria, no século XIX, o desejo da aristocracia rural do Nordeste de se afirmar como grupo social político e economicamente hegemônico no Império.
  • E de forma crítica, ressaltando o caráter violento da conquista portuguesa e da ação da Igreja Católica, com o objetivo de denunciar as marcas de violência ainda presentes na sociedade imperial, tais como a escravização de negros africanos e a exploração de imigrantes italianos.

Observe a imagem a seguir.


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A capa da Revista Manchete, de agosto de 1961, retrata a

  • A aliança entre o governo trabalhista brasileiro e os países do bloco socialista em plena Guerra Fria, o que contribuiu para atiçar a histeria anticomunista e foi um dos fatores que levou ao golpe civil-militar de 1964.
  • B ligação entre a esquerda brasileira e a esquerda revolucionária latino-americana, fato que ficaria em evidência pelos próximos anos em função da radicalização política dos setores da esquerda que optaram pela luta armada.
  • C estabilidade política característica dos anos 1950 e 1960 no Brasil, quando setores da direita, apoiados pela UDN, aceitaram condecorar o revolucionário cubano, sem que tal gesto tivesse grande repercussão.
  • D animosidade nas relações entre Cuba e o Brasil depois que os revolucionários cubanos tomaram o poder em 1959, o que levou o Brasil a tomar a dianteira da luta anticomunista na América do Sul.
  • E política externa independente instituída em 1961, o que contribuiu para o isolamento político do governo, revertendo o alinhamento com os EUA estabelecido anos antes, quando o PCB passou a atuar na clandestinidade.