Questões da Prova da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) - Delegado de Polícia - UEG (2018)

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“Com efeito, é sabido que a prescrição é um instituto vocacionado a realizar a estabilização das situações jurídicas em razão do decurso do tempo, com a finalidade de proporcionar a paz social mediante a promoção da segurança jurídica, sendo certo que, embora possua um fundamento comum, suas características diferem em cada ramo do Direito em que se faça presente.” (STJ, RMS 043771, DJe 03/05/2018, Rel. Min. Assusete Magalhães).


No Código Penal brasileiro, verifica-se que a prescrição,

  • A no caso de concurso de crimes, incidirá sobre o somatório das respectivas penas.
  • B no caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, é regulada pelo tempo que resta da pena.
  • C no caso de pena de multa, ocorrerá em três anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada.
  • D quando o criminoso era, na data da sentença, maior de sessenta anos, tem seu prazo reduzido pela metade.
  • E antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr, nos crimes permanentes, a partir do dia em que se iniciou a permanência.

Sobre o crime de furto, previsto no artigo 155 do Código Penal, tem-se o seguinte:

  • A A lei penal admite, em certas hipóteses, ação penal pública condicionada à representação para o crime de furto.
  • B O Superior Tribunal de Justiça admite a aplicação, no furto qualificado pelo concurso de agentes, da majorante do roubo.
  • C O Superior Tribunal de Justiça entende que a existência de sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico torna impossível a configuração do crime de furto.
  • D A expressão “pequeno valor”, requisito para o reconhecimento do furto privilegiado, equivale, na jurisprudência, a “valor insignificante”.
  • E A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça não admite o reconhecimento do privilégio nas hipóteses de furto qualificado.

Sobre as contravenções penais previstas no Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de outubro de 1941, verifica-se que:

  • A Admitem ação penal privada.
  • B Não há reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil, por motivo de contravenção.
  • C A tentativa de contravenção é punida na forma prevista pelo Código Penal.
  • D Segundo a Constituição, as contravenções praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas são de competência da Justiça comum Federal.
  • E A pena de prisão simples não pode ser cumprida em regime fechado, mesmo em caso de regressão de regime.
Esta questão foi anulada pela banca organizadora.

Sobre o dolo e a culpa, verifica-se o seguinte:

  • A Em regra, todo crime culposo é, necessariamente, um crime material.
  • B Há dolo direto de segundo grau quando há vontade consciente do agente em relação aos efeitos colaterais possíveis de sua ação.
  • C O crime culposo, seja ele próprio ou impróprio, não admite tentativa.
  • D O dolo eventual se caracteriza pela previsão de um resultado penalmente relevante, todavia com a expectativa da sua inocorrência.
  • E Há culpa inconsciente quando o resultado ilícito é imprevisível pelo agente, nas circunstâncias do fato.

Sobre o crimes contra a honra, previstos no Código Penal, tem-se o seguinte:

  • A Não constitui calúnia, difamação ou injúria punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
  • B O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia, difamação ou injúria, fica isento de pena.
  • C As penas aos crimes de calúnia, difamação ou injúria aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência.
  • D Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo.
  • E Nos crimes de calúnia, difamação ou injúria, admite-se a exceção da verdade.