Questões da Prova da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte (PC-RN) - Delegado de Polícia - FGV (2021)

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João, que cumpria pena em estabelecimento prisional após ser condenado pela prática de inúmeros homicídios, logrou êxito em fugir. Após alguns dias escondido na mata, invadiu uma casa e matou três dos cinco integrantes da família que ali residia, sendo preso em flagrante delito. Os sobreviventes ajuizaram ação de reparação de danos em face do Estado, argumentando com a omissão dos seus agentes na manutenção da prisão de João e na sua não captura, de modo a evitar a ocorrência dos fatídicos eventos.
À luz da sistemática constitucional, no caso em tela, a responsabilidade extracontratual do Estado:
  • A não deve ser reconhecida, já que ausente o nexo causal entre a omissão e o dano, embora a responsabilidade, nesses casos, seja objetiva, com base no risco administrativo;
  • B deve ser reconhecida com base na teoria da responsabilidade objetiva, de contornos absolutos, que não admite as excludentes do caso fortuito e da força maior;
  • C deve ser reconhecida com base na teoria da falta administrativa, tendo em vista a flagrante omissão detectada e o seu nexo causal com o dano perpetrado;
  • D não deve ser reconhecida, já que o Estado não pode ser responsabilizado pelo dano causado por João, já que com ele não mantinha vínculo funcional;
  • E deve ser reconhecida com base na teoria do risco integral, cujos elementos constitutivos estão plenamente caracterizados.

O texto I estabelece uma relação entre ciência e religião. De acordo com o autor, é possível afirmar que tanto a ciência quanto a religião são

  • A visões numéricas, logo precisam ser respeitadas.
  • B pontos de vista equivalentes, portanto, indiscutíveis.
  • C olhares distintos, porém sem o aspecto belicoso.
  • D noções inviáveis como teorias universais, mas importantes.
Maria, servidora pública estadual, durante o expediente, dirigiu-se ao setor de protocolo da repartição em que atuava e ali deixou um pacote a ser remetido ao destinatário pelo serviço de envio postal da Administração Pública. Em razão das características do pacote e do receio de que contivesse alguma substância ilícita, foi travada intensa discussão entre os servidores que ali atuam sobre a possibilidade, ou não, de procederem à sua abertura.
À luz da sistemática constitucional, os servidores concluíram corretamente que:
  • A poderiam abrir o pacote, pois o sigilo da correspondência não pode legitimar práticas ilícitas, e qualquer do povo pode impedir a sua consumação;
  • B somente poderiam abrir o pacote, contra a vontade do remetente, mediante autorização judicial, considerando o sigilo da correspondência;
  • C somente poderiam abrir o pacote, contra a vontade do remetente, mediante autorização judicial ou nas hipóteses previstas em lei;
  • D somente poderiam abrir o pacote na presença do remetente e com a prévia obtenção do seu consentimento expresso;
  • E não poderiam abrir o pacote, considerando a fundamentalidade do sigilo da correspondência.
“A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não.”
O fragmento em destaque sinaliza uma estratégia argumentativa com base em
  • A adição
  • B exemplo
  • C estatística
  • D autoridade

Sensível à necessidade de zelar pela probidade administrativa, a Assembleia Legislativa do Estado Alfa promulgou a Emenda Constitucional nº XX/2019, de iniciativa parlamentar, dispondo sobre as infrações político-administrativas passíveis de serem praticadas pelo Governador do Estado, as quais poderiam acarretar, na hipótese de condenação, a perda do mandato eletivo e a inabilitação para o exercício de outra função pública.

A Emenda Constitucional nº XX/2019 é:

  • A formalmente inconstitucional, pois a matéria deve ser disciplinada em lei ordinária estadual, de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo;
  • B formalmente inconstitucional, pois a matéria só pode ser disciplinada pela Constituição da República de 1988, não pela legislação infraconstitucional;
  • C formal e materialmente constitucional, considerando o disposto na Constituição da República de 1988 e o princípio da simetria;
  • D materialmente inconstitucional apenas em relação à sanção de inabilitação, que não pode ser cominada;
  • E formalmente inconstitucional, pois a matéria é de competência legislativa privativa da União.