À época em que a crônica foi escrita, o flâneur transitava pelas ruas e flanava.
“FLANAR, v. int. Passear ociosamente: vagabundear". Charles Baudelaire desenvolveu um significado para flâneur de “uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-ia". Portanto flanar pela cidade significava transitar prestando atenção em detalhes, minúcias, que só um verdadeira flâneur consegue perceber.
Uma passagem do texto que contraria esse conceito é:
-
A “Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvaíradamente uma catadupa de automóveis.’ (§ 2)
-
B “Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja." (§ 4)
-
C “O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações." (§ 1)
-
D “Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.' (§ 2)
-
E “Em compensação temos palácios, altos palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora-nos.” {§ 4)
-
E os fatigados anjos, da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco, (texto 2 - § 5)
-
Não, se lhe pode resistir, (texto 1 - §4]
-
E os fatigados anjos, da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco, (texto 2 - § 5)
-
Não, se lhe pode resistir, (texto 1 - §4]