Elisa Guimarães, na obra Texto, discurso e ensino, faz as seguintes considerações.
“Observa-se que a nossos discursos em geral somam-se outras vozes, quando nos exprimimos, por exemplo, por meio de uma expressão cristalizada na sociedade: “Casa de ferreiro, espeto de pau” – “É de pequenino que se torce o pepino” – o provérbio refletindo a “sabedoria popular” pela qual nos deixamos contagiar.
As aspas que usamos frequentemente têm a função de esclarecer que estamos nos permitindo repetir o que disse o outro. O discurso jornalístico, no afã de deixar clara a fonte da informação, utiliza-se do discurso indireto. Assim, não é raro nos depararmos em jornais com enunciados como “O presidente da comissão afirmou que...”.”
GUIMARÃES, 2009, p. 90-91.
A propósito de tais considerações, é correto afirmar que o texto de Rosana Machado
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A contesta a sabedoria popular contida em ditados populares, que atualmente têm assumido, no mundo digital, a forma de fake news.
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B utiliza, como estratégia argumentativa, a referência a outras vozes que possam contribuir para a fundamentação de suas ideias.
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C apresenta, por meio do discurso indireto, pontos de vista conflitantes, que a autora discute antes de manifestar seu posicionamento.
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D não representa, a contento, o discurso jornalístico, haja vista que carece de imparcialidade e isenção de fontes.