Questões de Criminologia da Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso

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Um estudo inédito sobre a reincidência de presos no Brasil apontou que 41% dos presos de Mato Groso voltam para a cadeia em até 5 anos. Os dados, com base no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram divulgados na terça-feira [...]. O levantamento levou em consideração presos e adolescentes que tiveram sentença condenatória entre 2015 e 2019. Foram avaliadas as chamadas reentradas (reincidência) nesse grupo durante o período observado.
(Disponível em: www.g1.globo.com)
O índice de reincidência no Estado do Mato Grosso, apontado no trecho acima, conduz a críticas quanto à pena em sua função de prevenção
  • A especial positiva.
  • B geral negativa.
  • C especial negativa.
  • D agnóstica.
  • E geral positiva.

Para o labeling approach

  • A o desviado é aquele que ao realizar um comportamento não desejado recebe uma etiqueta que o marcará para seus comportamentos futuros.
  • B a etiqueta imposta ao criminalizado é uma confirmação de sua tendência à criminalidade.
  • C a criminalização secundária incide prioritariamente sobre as mulheres em razão das raízes patriarcais do sistema penal.
  • D o comportamento desviado existe ontologicamente e a reação social ao delito impõe uma etiqueta estigmatizante no sujeito criminalizado.
  • E o crime organizado é uma forma de resistência ao poder punitivo estatal com possibilidades revolucionárias.

A teoria da subcultura delinquente

  • A possui as ferramentas explicativas do crescimento da criminalização das mulheres no Brasil contemporâneo.
  • B oferece uma explicação generalizadora da criminalidade, abarcando a chamada criminologia verde (green criminology).
  • C tem na construção de Albert Cohen o negativismo da conduta como um de seus elementos caracterizadores.
  • D restringe seu objeto ao momento de criminalização primária.
  • E expõe a dominação de classe como eixo central do sistema penal, com a imposição de uma cultura sobre a outra.
A escravidão se sustentava tanto na rotina do abuso sexual quanto no tronco e no açoite. Impulsos sexuais excessivos, existentes ou não entre os homens brancos como indivíduos, não tinham nenhuma relação com essa verdadeira institucionalização do estupro. A coerção sexual, em vez disso, era uma dimensão essencial das relações sociais entre o senhor e a escrava. Em outras palavras, o direito alegado pelos proprietários e seus agentes sobre o corpo das escravas era uma expressão direta de seu suposto direito de propriedade sobre pessoas negras como um todo. A licença para estuprar emanava da cruel dominação econômica e era por ela facilitada, como marca grotesca da escravidão.
(DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 180)
A coerção sexual praticada contra mulheres negras escravizadas, citada no trecho acima, evidencia um contexto de ausência da criminalização
  • A secundária e ausência da vitimização secundária.
  • B secundária e existência da vitimização primária.
  • C secundária e existência da vitimização secundária.
  • D primária e ausência da vitimização primária.
  • E primária e existência da vitimização primária.

De acordo com a teoria da anomia, o crime é entendido como

  • A uma anomalia que tem como resultado a fragilização da solidariedade e dos valores éticos da sociedade.
  • B um fenômeno normal da sociedade, que pode em alguns casos ajudá-la a consagrar sua identidade em torno de certos valores.
  • C uma justificativa para o controle político e legal das classes sociais e varia de acordo com a estrutura econômica e política de cada sociedade.
  • D uma busca de status em determinado grupo social quando praticado por jovens que aderem a padrões da subcultura.
  • E um comportamento aprendido através da interação com outras pessoas, resultante de um processo de comunicação social.