Questões de Direito Financeiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo

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Conforme a conceituação da Secretaria do Tesouro Nacional, tributo pode ser definido como “receita instituída pela União, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições de melhoria, nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira”. (STN, 2020). Tendo em consideração a classificação dos tributos, é correto afirmar que

  • A as taxas cartoriais são exemplos de tributo vinculado e de receita vinculada.
  • B o IPVA é um exemplo de tributo vinculado e de receita não vinculada.
  • C o Imposto sobre Serviço (ISS) é um exemplo de tributo vinculado e de receita não vinculada.
  • D o COFINS é um exemplo de tributo não vinculado e de receita vinculada.
  • E o empréstimo compulsório é um exemplo de tributo não vinculado e de receita vinculada.

Em 2023, a Lei de Responsabilidade Fiscal completa vinte e três anos, com importantes avanços na gestão fiscal e na responsabilização dos agentes públicos. Entretanto, a multiplicidade de interpretações sobre determinados pontos da lei, sobretudo em relação aos gastos com pessoal, permite a ocorrência de situações chamadas pelos especialistas em finanças públicas de “contabilidade criativa” e “maquiagem fiscal”. Para dirimir essas situações, a ação apropriada, prevista em lei, que pode ser adotada é:

  • A a autonomia dos entes subnacionais para adequar todos os limites da lei de acordo com a realidade local.
  • B a criação do Conselho de Gestão Fiscal, para padronização das interpretações das leis fiscais.
  • C a subordinação dos tribunais de contas estaduais e municipais ao Tribunal de Contas da União (TCU), com a uniformização dessas decisões.
  • D a criação do Fundo Fiscal, para socorrer, mediante critérios técnicos, entes em situações financeiras mais críticas.
  • E a análise da legalidade abrangendo o resultado final do quadriênio, permitindo ao gestor os ajustes necessários em seu mandato.

Considerando suas habilidades para treinar e desenvolver pessoas, um Auditor de Controle Externo foi convidado para colaborar com a criação de um curso de Educação Fiscal-Orçamentária Pública na Escola de Gestão e Contas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, almejando capacitar cidadãos para o controle social das ações governamentais. Um dos tópicos do curso é voltado para os alunos apreciarem se as previsões de receitas e despesas constantes na LDO, de fato, se consumaram. No processo de ensino-aprendizagem desse tópico, o conteúdo-programático deve abordar, fundamentalmente, o:

  • A Balanço Patrimonial.
  • B Balanço de Transações Correntes.
  • C Balanço Financeiro.
  • D Balanço Orçamentário.
  • E Balanço Social.

O município de Portal das Nações está passando por uma epidemia de dengue, resultando no aumento da procura dos munícipes por atendimento nos equipamentos públicos de saúde, bem como em cobranças judiciais por medidas mais efetivas para resolução desse problema público. Diante da falta de médicos e da necessidade emergencial, a prefeitura admitiu novos médicos mediante a contratação de pessoas físicas para prestação de serviços, ou seja, sem manter vínculo celetista ou estatutário. Desconsiderando as múltiplas interpretações sobre a legalidade ou não desta ação, assinale a alternativa correta em relação à classificação da despesa do ponto de vista financeiro.

  • A Caso o município classifique a despesa como serviços de terceiros, também deverá contabilizá-la em outras despesas com pessoal.
  • B Como se trata de despesa com saúde, deverá ser contabilizada como despesa de capital.
  • C Caso o município classifique a despesa como outras despesas com pessoal, também deverá computá-la em despesa total com pessoal.
  • D A contratação de pessoas, sejam físicas ou jurídicas, deverá ser classificada em serviço extraordinário.
  • E Nesse caso particular, a despesa deverá ser classificada como pagamento decorrente de sentença judicial.

Com o intuito de ajustar a entrada de receitas nos cofres públicos com a necessidade de pagamentos das despesas planejadas, a programação de desembolso deve ser realizada logo após a publicação da lei orçamentária. Em um cenário de dificuldades municipais na arrecadação de recursos, agravado pelo aumento das pressões sociais pelos serviços públicos e pela judicialização das políticas públicas, é correto afirmar que

  • A a programação deve ser rígida e estanque, impedindo que o planejamento governamental do município seja alterado sem a devida previsão legal.
  • B a programação deve ser flexível, possibilitando modificações de acordo com as prioridades e o comportamento da arrecadação municipal.
  • C diante das exigências judiciais, a programação pode prever a limitação das despesas que são obrigações constitucionais.
  • D a programação é de responsabilidade do Poder Executivo municipal, e faz parte de sua estratégia governamental, não sendo necessária sua publicidade.
  • E a programação não deve permitir a mudança de prioridades do município, apenas ajustes de desembolso por frustração de receita.